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O Irão é o ponto central da sessão especial do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que se reúne esta quinta-feira em Genebra, na Suíça. No esboço do texto do projeto de resolução, a que a TSF teve acesso, é expressa a preocupação com os direitos humanos no país, no âmbito dos protestos que se seguiram à morte de Mahsa Amini, a 16 de setembro, depois de ter sido detida pela polícia dos costumes iraniana por uso indevido do véu islâmico.
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A redação mostra ainda a apreensão dos 47 países que fazem parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU perante a repressão exercida pelas autoridades do país liderado por Ebrahim Raisi que, até à data, já provocaram quase 500 mortos, e pelos relatos de detenções arbitrárias de mulheres e raparigas, que apenas por se manifestarem e por exercerem os seus direitos, acabam vítimas de abusos físicos e sexuais.
O Conselho deixa também um apelo ao governo do Irão para que coloque um ponto final na repressão e discriminação de mulheres e raparigas e para que lhes seja permitida a liberdade de expressão, de opinião, religião ou credo.
O documento vem igualmente com um pedido para que as vítimas e as respetivas famílias tenham acesso à justiça e reparação.
A missão vai redigir um relatório para entregar ao Conselho de Direitos Humanos na 53.ª sessão do organismo, em junho do próximo ano.
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Em março de 2024, aquando da 55.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, é esperado outro relatório.