Conselho eleitoral holandês confirma vitória de partido do primeiro-ministro Mark Rutte

O VVD, partido do primeiro-ministro em exercício, conquistou 34 lugares, um a mais do que nas eleições legislativas de 2017.

O conselho eleitoral holandês confirmou esta sexta-feira a entrada de 17 partidos no Parlamento, com a vitória dos Liberais (VVD) de Mark Rutte e dos Progressistas (D66) de Sigrid Kaag, estando ainda em discussão a formação do Governo.

O VVD, partido do primeiro-ministro em exercício, conquistou 34 lugares, um a mais do que nas eleições legislativas de 2017, enquanto o D66 ganhou mais cinco deputados (ficando com 24), tornando-se o segundo maior partido e deslocando o Partido da Liberdade (PVV) de extrema-direita de Geert Wilders, que passa para o terceiro lugar, com 17 deputados.

O conselho eleitoral confirmou que existem 17 partidos com pelo menos um deputado eleito para o Congresso de Haia, um número recorde, e que a participação eleitoral foi de 78,7%, número ligeiramente inferior ao das eleições de 2017.

Mais de um milhão de pessoas usaram o voto por correspondência, ao qual tinham direito as pessoas com mais de 70 anos que queriam evitar ir às assembleias de voto, devido ao risco da pandemia de Covid-19.

A maioria dos partidos solicitou um debate parlamentar sobre o trabalho da ministra interina do Interior, Kajsa Ollongren (D66), e da senadora Annemarie Jorritsma (VVD), que se encarregaram de estudar soluções para a formação do novo Governo, mas estas apresentaram a sua demissão na quinta-feira.

A polémica começou quando Ollongren abandonou o seu cargo no Parlamento, ao saber que tinha testado positivo com Covid-19 e, acidentalmente, deixou papéis à vista nos quais escreveu notas pessoais sobre as reuniões que teve com os diferentes líderes políticos e comentários sobre a posição de alguns deputados, permitindo que o seu conteúdo pudesse ser fotografado.

Uma das anotações mais polémicas, que se tornou pública, diz respeito ao deputado democrata-cristão Pieter Omtzigt (CDA), de quem as notas de Ollongren insinuavam que poderia representar um problema para uma possível coligação governamental com liberais e progressistas, já que foi muito crítico do Governo cessante.

Para o lugar de negociadores para a formação do Governo foram escolhidos agora a ministra da Saúde, Tamara van Ark (VVD), e o ministro dos Assuntos Sociais, Wouter Koolmees (D66), que devem ainda hoje iniciar as rondas de conversações com os diversos partidos com assento parlamentar.

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