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A Coreia do Norte disparou esta segunda-feira dois mísseis balísticos de curto alcance, anunciou o exército sul-coreano, menos de 48 horas após os exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul.
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Inicialmente, os responsáveis militares da Coreia do Sul tinham apenas referido o lançamento de um míssil.
"Os nossos militares detetaram dois mísseis balísticos de curto alcance disparados esta manhã a partir das zonas de Sukchon na província de Pyongan do Sul entre as 07h00 e as 07h01 (hora local)", declarou o estado-maior sul-coreano.
Em simultâneo, a influente irmã do dirigente norte-coreano Kim Jong Un ameaçou ripostar aos exercícios militares conjuntos entre Seul e Washington.
"A utilização do Pacífico como campo de tiro depende [das ações] das forças americanas", declarou Kim Yo Jong, em comunicado publicado pela agência oficial KCNA.
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Yo Jong também ameaçou Seul e Washington com ações "equivalentes" após as manobras conjuntas que efetuaram no domingo com o envolvimento de bombardeiros estratégicos B-1, uma ação para responder ao lançamento na sexta-feira de um míssil balístico intercontinental de Pyongyang que no sábado se despenhou em águas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) japonesa.
"Estamos ao corrente sobre a recente aceleração na península coreana dos movimentos de forças dos Estados Unidos com capacidade de ataques estratégicos", acrescentou a dirigente norte-coreana.
Pyongyang ameaçou previamente com uma resposta "sem precedentes" às manobras militares anuais de primavera que Seul e Washington estão a preparar para março, e que o regime qualificou de "preparativos para uma guerra de agressão".
Na sexta-feira, a Coreia do Norte lançou o seu Hwasong-15 ICBM a partir da costa leste, no primeiro teste do género desde 01 de janeiro, que caiu no mar do Japão.
Em resposta a este lançamento, o Governo nipónico, pela voz do primeiro-ministro, Fumio Kishida, condenou um ato "escandaloso" que "aumentou a provocação contra a comunidade internacional".
"Continuaremos a colocar todos os esforços na recolha de informação, advertência e vigilância, e trabalharemos em estreita colaboração com os Estados Unidos e também com a Coreia do Sul", acrescentou Kishida.
Na próxima semana, os exércitos sul-coreano e norte-americano também realizam um exercício teórico no Pentágono que simula um ataque nuclear de Pyongyang.
Em 2022, a Coreia do Norte realizou um número recorde de lançamento de mísseis, cerca de meia centena, em muitos casos em resposta a manobras conjuntas dos dois aliados e ao reforço da presença estratégica dos EUA na península.