Coreia do Norte divulga imagens que terão sido tiradas durante lançamento de míssil

Imagens parecem mostrar o míssil a sair do lançador.

A Coreia do Norte divulgou imagens que diz serem do lançamento-teste do seu maior míssil, este fim de semana, para pressionar a administração Biden a reiniciar as conversações nucleares.

A agência de notícias estatal KCNA afirmou esta segunda-feira que o país lançou um míssil de alcance intermédio, capaz de atingir o território norte-americano de Guam, e que terá sido o míssil mais poderoso que o regime norte-coreano testou desde finais de 2017.

Segundo a mesma fonte, a câmara instalada na ogiva do míssil captou uma imagem da Terra vista do espaço, e a Academia de Ciências da Defesa confirmou a precisão, segurança e eficácia da operação do sistema de armamento.

A Coreia do Norte disse que o míssil foi lançado para a água, na costa leste, e num ângulo alto, para evitar que sobrevoasse outros países, não tendo revelado mais detalhes.

O exército sul-coreano e o Ministério da Defesa japonês tinham dito no domingo que o projétil lançado no mar pelos norte-coreanos era um míssil balístico de alcance intermédio, violando novamente as resoluções estabelecidas pelas Nações Unidas.

Este foi o sétimo teste realizado este mês, reafirmando a intenção da Coreia do Norte em reforçar as defesas nacionais, enquanto ocorre uma escalada de tensão na região da península coreana.

De acordo com a avaliação do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), o lançamento ocorreu às 07h52 de domingo (22h52 de sábado em Lisboa) na fronteira com a China e trata-se de um modelo de médio alcance (IRBM).

O projétil percorreu 800 quilómetros a leste em direção ao Mar do Japão, chamado de Mar do Leste nas duas Coreias, e teria atingido uma altitude máxima de 2.000 quilómetros sem entrar nas águas da zona económica exclusiva do Japão ou provocar danos, segundo o Governo japonês.

O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, apressou-se a convocar no domingo, pela primeira vez em um ano, uma reunião do Conselho de Segurança Nacional do seu país.

Moon declarou aos meios de comunicação locais que este último lançamento da Coreia do Norte é um "desafio à desnuclearização da península coreana, à paz e à estabilidade, e aos esforços diplomáticos da comunidade internacional, bem como um ato que viola a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

O Presidente sul-coreano pede o fim da tensão e que a Coreia do Norte responda aos pedidos internacionais e retome o diálogo.

Por sua vez, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convocou também uma reunião do seu Conselho de Segurança para hoje e em declarações à imprensa afirmou que "condena veementemente" este novo lançamento, que "viola as resoluções das Nações Unidas".

O exército dos Estados Unidos também pediu a Pyongyang que se abstenha de atos "desestabilizadores", de acordo com um comunicado emitido pelo Comando do Indo-Pacífico citado pela agência de notícias japonesa Kyodo.

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