Covid-19 preocupa autoridades alemãs. "No final do inverno, vão estar vacinados, curados ou mortos"

A quarta onda da pandemia continua a atingir níveis recorde na Alemanha, onde, perante a estagnação da campanha de vacinação, se teme uma quinta onda. Jens Spahn, ministro alemão da Saúde, lança, por isso, um apelo urgente no sentido da vacinação.

Trata-se de um apelo urgente do ministro alemão da Saúde. Jens Spahn avisa que, no que diz respeito à Covid-19, os alemães têm três hipóteses: "até ao final do inverno, vão estar vacinados, curados ou mortos".

O ministro admite que se trata de uma afirmação que pode ser encarada como cínica, mas que este é o pretexto para apelar a que todos os alemães se vacinem com urgência contra a Covid-19, adianta a AFP.

Este alerta é justificado pela propagação da " muito contagiosa variante delta".

A Alemanha, especialmente as regiões Sul e Leste, foi duramente atingida por uma nova onda de infeções, que os investigadores e políticos atribuem, em particular, a uma taxa de vacinação (68%) das mais baixas da Europa Ocidental.

Diante do ressurgimento do vírus, que já matou mais de 99 mil pessoas no país desde o início da pandemia, a chanceler alemã cessante, Angela Merkel, e o seu provável sucessor, Olaf Scholz, decidiram na quinta-feira endurecer as restrições para os não vacinados, mas excluíram a vacinação obrigatória para toda a população.

"Atualmente temos uma quarta onda, temos uma situação muito, muito difícil em muitos hospitais na Alemanha", disse Spahn numa conferência de imprensa.

"Estamos a ver essa onda espalhar-se gradualmente para o oeste", acrescentou o ministro. As unidades de cuidados intensivos dos hospitais estão a chegar a um ponto de saturação, principalmente por falta de pessoal.

Nos últimos dias, a Alemanha tem registado números sem precedentes de infeções, ultrapassando o limite de 65.000 contágios diários na semana passada. Nesta segunda-feira, a taxa de incidência a sete dias bateu o recorde de 386,5 infeções por cem mil habitantes.

Angela Merkel, que está prestes a deixar o poder, lamentou esta quarta onda "altamente dramática", enquanto os líderes alemães pretendem uma limitação drástica da vida social dos não vacinados.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.144.573 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,54 milhões de infeções pelo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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