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A situação na Ucrânia está a agravar-se e, por isso, foi cancelada a visita de representantes do Partido Popular Europeu (PPE) ao país. O eurodeputado Paulo Rangel, que ontem devia ter aterrado em Kiev, explicou à TSF, que o pedido para o adiamento partiu das autoridades ucranianas.
"As autoridades ucranianas tinham pedido para a missão ser adiada, o que significa ser cancelada", afirmou, sublinhando que o objetivo da missão era "mostrar solidariedade aos ucranianos, fazer uma avaliação da situação e encorajá-los a manter, tanto quanto possível, os esforços diplomáticos até ao último minuto".
"O que acabou por suceder foi que, dado que a crise se agravou bastante, o primeiro-ministro [ucraniano] e o Ministério da Defesa tinham de estar totalmente focados na gestão da crise", acrescentou.
Ouça as declarações de Paulo Rangel à TSF

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No sábado, repetiram-se os avisos de vários países, incluindo de Portugal, para que os cidadãos nacionais abandonem a Ucrânia. Várias companhias aéreas deixaram de voar para Kiev, dados que também contribuíram para o cancelamento da viagem dos parlamentares do PPE.
"Ontem mesmo, quer França, quer a Alemanha, deram indicação a todos os seus nacionais para saírem da Ucrânia o mais depressa possível. Havia aqui um motivo de agenda e precipitação da crise, um motivo do lado europeu de preocupação com a segurança dos membros da missão e, por outro lado, havia também um motivo operacional, porque a partir do momento em que o governo alemão deu esta indicação a Lufthansa suspendeu os seus voos", assinalou.
A missão do PPE segue agora para a Lituânia, o país do báltico que faz fronteira com a Bielorrússia e com o enclave russo de Kalingrado.

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