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A coluna de fumo proveniente do incêndio da Serra da Estrela começou a sobrevoar, esta terça-feira, os céus de Madrid. As chamas, que lavram desde 6 de agosto no centro de Portugal, chegaram à capital espanhola e as autoridades espanholas foram obrigadas a explicar aos habitantes que não existiam chamas perto do local.
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De acordo com a Reuters, os habitantes de Madrid começaram a queixar-se do cheiro a fumo. Imagens fornecidas pelo satélite da NASA Worldview, é possível ver a extensa nuvem de fumo que se começa no Oeste da Península Ibérica e vai até à metade Leste, passando para além de Madrid.
No combate ao incêndio na Serra da Estrela estão, esta terça-feira, mais de 1300 operacionais, 415 meios terrestres e dois meios aéreos.
O incêndio deflagrou na madrugada do dia 6 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, e as chamas estenderam-se depois ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira.
O presidente da ANEPC adiantou que "as investigações estão a seguir com toda a calma e serenidade e, como é óbvio, só depois destas investigações" é que as autoridades saberão se "foi fogo posto ou alguma utilização inconsciente ou alguma reativação".
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"A única coisa que a nós nos espanta é três reativações simultâneas, ao mesmo tempo, e com uma violência muito grande, num incêndio que há dois dias estava como dominado. Deixa-nos expectantes, relativamente àquilo que possa ser o resultado dessas investigações", apontou.
Duarte Costa também disse que, além dos dois postos de comando independentes existentes atualmente, "um mais para o lado da Guarda e outro na região da Covilhã", vai surgir agora um terceiro.
"Devido à intensidade de tudo o que se passou ontem e do trabalho que tem de ser feito hoje ainda, alterámos o dispositivo, não só em termos operacionais, como também criando mais um posto de comando coordenador para trabalharmos todos na máxima: juntos somos mais fortes e temos de trabalhar todos coordenados", justificou.
A Proteção Civil espera ter o incêndio na Serra da Estrela dominado nos próximos dois dias, aproveitando a "janela de oportunidade" criada pelo desagravamento das condições meteorológicas, previsto a partir da próxima madrugada.
"Contamos conseguir dar o incêndio como dominado nos próximos dois dias", disse em conferência de imprensa o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras (Lisboa).