Delegação do governo dos EUA em Kiev para reiterar apoio a Zelensky

O encontro ocorreu para reafirmar "o forte e sólido compromisso dos Estados Unidos com a defesa da Ucrânia", após o ataque russo a um prédio residencial na cidade ucraniana de Dnipro.

Uma delegação do governo dos Estados Unidos manifestou na passada segunda-feira o apoio à Ucrânia durante uma reunião em Kiev com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que tem pedido mais armamento para se defender da invasão russa.

Este encontro ocorreu após o ataque russo a um prédio residencial na cidade ucraniana de Dnipro, que resultou em pelo menos 40 mortos, e enquanto a Ucrânia aguarda o envio de mais veículos de combate pelos países da NATO.

A subsecretária do Departamento de Estado, Wendy Sherman, o vice-conselheiro do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Jon Finer, e o vice-secretário de Defesa, Colin Kahl, chegaram a Kiev após passagem pela Alemanha e Polónia.

Na capital ucraniana, estas autoridades norte-americanas reafirmaram perante Zelensky "o forte e sólido compromisso dos Estados Unidos com a defesa da Ucrânia diante da agressão russa injustificada", adiantou o Departamento de Estado em comunicado.

A delegação também se reuniu com o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, para discutir formas de garantir a estabilidade da economia ucraniana e procurar investimentos para a reconstrução do país.

Já na reunião com o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, foi discutido o envio de armas para a Ucrânia, e com o vice-primeiro-ministro, Oleksandr Kubrakov, discutiram a reparação da infraestrutura elétrica danificada pela Rússia.

Os Estados Unidos anunciaram em 06 de janeiro um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, o maior já concedido a Kiev, de mais de 3.000 milhões de dólares (cerca de 2.770 milhões de euros), que inclui carros blindados de fabrico norte-americano.

O envio de carros blindados dos aliados ocidentais para a Ucrânia abre uma nova etapa no fornecimento de equipamentos militares àquele país e ocorre semanas depois de Washington anunciar que enviará à nação europeia baterias antiaéreas Patriot, o seu sistema de defesa aérea mais sofisticado.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Recomendadas

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de