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Tonga entra, esta quarta-feira em confinamento devido a um surto de Covid-19 no arquipélago. Os primeiros casos do vírus foram detetados após uma erupção vulcânica que afetou a região no mês passado, confirmaram as autoridades.
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A nação insular tinha estado livre do vírus até ao momento, mas o primeiro-ministro, Siaosi Sovaleni, disse que dois homens testaram positivo esta semana na localidade de Nuku'alofa.
O governante disse que os homens tinham estado a trabalhar no porto da capital, onde a ajuda humanitária tem chegado de todo o mundo desde a erupção de 15 de janeiro. Num discurso no final desta terça-feira, Sovaleni disse que Tonga entraria em confinamento a partir desta quarta-feira, com a situação a ser revista a cada 48 horas.
A explosão vulcânica, uma das maiores registadas em décadas, gerou enormes ondas de tsunamis e atingiu a nação da ilha com cinzas tóxicas, com três vítimas mortais a registar.
Tonga fechou as suas fronteiras no início de 2020, quando a pandemia de coronavírus surgiu.
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Desde então, a nação de 100.000 habitantes tinha registado apenas um caso de Covid-19, um homem que regressou da Nova Zelândia em outubro do ano passado e que, desde então, já recuperou completamente.
Contudo, a explosão do vulcão Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, que se situa cerca de 65 quilómetros a norte da capital Nuku'alofa, criou o que o governo Tongan descreve como um "desastre sem precedentes".
Em resposta, navios da marinha da Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha entregaram ajuda, incluindo água potável, material médico e equipamento de engenharia.
Todas as entregas foram recebidas com rigorosos protocolos, alegadamente "sem contacto", numa tentativa de manter o arquipélago sem surtos.
O primeiro-ministro Sovaleni não revelou com que navio os homens infetados tinham estado a trabalhar, mas disse que estavam assintomáticos e duplamente vacinados, tal como cerca de 85% da população de Tonga.
O HMAS Adelaide da Austrália atracou em Nuku'alofa para descarregar mantimentos na semana passada, apesar de um surto de Covid-19 que infetou mais de 20 tripulantes.
Uma atualização da ONU, no final da semana passada, afirmou que a água potável continuava a ser o principal desafio enfrentado por Tonga e que cerca de 1500 pessoas ainda estavam deslocadas.
As comunicações continuam a ser irregulares na região, depois da erupção do vulcão e o tsunami terem danificado um cabo submarino que ligava Tonga ao resto do mundo.
As autoridades referiram que um navio especializado na reparação de cabos iria chegar esta semana e que demoraria pelo menos duas semanas a reparar os danos causados pelas catástrofes naturais.