- Comentar
O avião que transporta a presidente do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, descolou às 18h01 locais (10h01 em Lisboa) do aeroporto de Songshan, Taipé, depois de uma visita em que prometeu que os "Estados Unidos não vão abandonar Taiwan".
Relacionados
Washington e Taipé reforçam compromisso apesar da ameaça militar chinesa
G7 diz que exercícios militares "agressivos" da China não têm "justificação"
A visita de Nancy Pelosi provocou indignação política em Pequim que reclama Taiwan (República da China) como parte integrante da República Popular da China.
Pelosi permaneceu menos de 24 horas em Taiwan, visitando esta quarta-feira o Parlamento de Taipé antes da reunião com a chefe de Estado da República da China, Tsai Ing-wen.
No Twitter, Pelosi assinalou o "distinto privilégio" que foi reunir com Tsai Ing-wen e revelou que as duas discutiram como os EUA e Taiwan podem "aprofundar laços económicos, fortalecer ainda mais a nossa parceria de segurança e defender os nossos valores democráticos".
It was also my high honor to receive from President @iingwen of Taiwan the Order of Propitious Clouds with Special Grand Cordon: a symbol of our treasured friendship. Make no mistake: America remains unwavering in our commitment to the people of Taiwan- now & for decades to come. pic.twitter.com/yFcVQil4TT
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Pelosi reafirmou também que a América permanece "inabalável" no compromisso para com o povo de Taiwan. "Agora e nas próximas décadas", escreveu.
Ouça aqui o comentário do diretor adjunto e editor de Política Intenacional da TSF, Ricardo Alexandre, à visita de Pelosi
Em resposta, o Exército Popular de Libertação enviou na terça-feira 21 aviões militares para a Zona de Identificação da Defesa Aérea de Taiwan, informou hoje o Ministério da Defesa da República da China em comunicado.
Paralelamente, Pequim impôs, pelo segundo dia consecutivo, sanções comerciais a Taiwan proibindo a importação de citrinos, rebentos de bambu congelados e dois tipos de peixe, bem como bloqueou a exportação de areia para a República da China.
O chefe da diplomacia de Pequim, Wang Yi, disse que "aqueles que ofendem a China devem ser punidos de forma inelutável" referindo-se à visita de Nancy Pelosi, presidente do Parlamento norte-americano.
"Trata-se de uma farsa pura e simples. A coberto da democracia, os Estados Unidos violam a soberania da [República Popular da] China", acrescentou o ministro à margem de uma reunião da Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN) na capital do Cambodja.
O Governo do Partido Comunista Chinês reclama a soberania sobre a ilha desde que os nacionalistas do Kuomintang liderados por Chiang Kai-shek foram derrotados pelas forças comunistas chefiadas por Mao Tsé-Tung durante a guerra civil na segunda metade da década de 1940.
Os nacionalistas refugiaram-se na ilha do Estreito da Formosa e estabeleceram em Taiwan, em 1949, a República da China (ROC - sigla oficial) - fundada em 1912 por Sun Yat-sen, em Nanquim.