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A candidata da União Nacional defendeu-se das acusações de Emmanuel Macron: "Não sei como se pode ser cética em relação ao ambiente quando se discute com viticultores, como o fiz várias vezes durante as 31 semanas de campanha. Eles explicam-nos que, claro, constatam que nas produções agrícolas e nas vindimas há registos de alterações climáticas."
O Presidente cessante, Emmanuel Macron, garante apostar na ecologia, uma vez que se trata da "grande missão da nossa geração".
"É preciso mudar de paradigma político, ecológico, económico para as nossas paisagens, para as nossas vidas. Só assim poderemos, juntos, assumir o papel de quem tinha conhecimento do que estava a acontecer e fizeram algo para mudar. Essa é a missão da nossa geração", adverte Macron.
Ouça a reportagem.
Mas "Macron ecologista" é algo de que Jordan Bardella, presidente do partido União Nacional, duvida: "A única forma de proteger o planeta é defender o meio ambiente e apostar localmente, desenvolver a distribuição a curta escala, e defender o patriotismo económico para inverter o custo da distribuição. Hoje, quanto mais longe formos buscar os produtos, mais baratos são, mas é preciso aumentar impostos e inverter o preço da distância", defende.
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O porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, acredita que o União Nacional é "o grande partido do aquecimento global".
"Investimos 30 milhares de euros nos últimos dois anos para reduzir a indústria de carbono - traduz-se em 3.600.000 toneladas de CO2 poupados. A verdade é que vocês querem recuar na luta contra o aquecimento global. Vocês são os candidatos do grande aquecimento (global)."
Outro tema fraturante entre os dois candidatos é a proibição do uso do véu, um dos temas defendidos por Marine Le Pen. Mas a candidata diz que esta medida não é uma prioridade. A prioridade é acabar com os financiamentos islamitas.