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António Costa sublinhou, esta quinta-feira, que a NATO "é uma aliança defensiva" e "não contribui" para a escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
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"A NATO é uma aliança defensiva, não desencadeia a guerra, não intervém na guerra em territórios terceiros, e por isso não está a participar em ações militares no território da Ucrânia. Dá apoio militar, dá apoio político, dá apoio moral, dá apoio económico, não intervém militarmente. Tem de ficar claro que no território da NATO ninguém entra", afirmou o primeiro-ministro à entrada para a cimeira da NATO, que se realiza esta quinta-feira, em Bruxelas, acompanhado por Augusto Santos Silva e João Gomes Cravinho.
Costa reforçou que a NATO "não contribuirá para a escalada do conflito". "A NATO tem procurado reforçar as mensagens de tranquilização, de construção de caminho para a paz, e que as negociações tenham efetividade e não sejam simplesmente uma forma de ganhar tempo para prosseguir a destruição e ação de guerra na Ucrânia."
Esta cimeira da NATO "vale pelo momento" em que acontece e por "reafirmar a unidade da aliança na defesa da paz", defendeu António Costa.
No âmbito da União Europeia, Portugal "aplicou todas as sanções que têm vindo a ser decretadas", tendo também estado a prestar "apoio humanitário e militar à Ucrânia". "No âmbito da NATO, Portugal tem reforçado a participação no conjunto dos contributos de dissuasão dos países do leste da NATO", acrescentou.
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Costa adiantou que, "além das forças que temos em estado de prontidão para intervir no caso das forças de intervenção rápida da NATO", já está a ser projetada "para o terreno uma companhia que irá reforçar os batalhões de combate na Roménia".
O primeiro-ministro frisou que as forças portuguesas estão "às ordens" do comandante militar da Europa "e estão em prontidão para poderem avançar se e quando o comandante assim o entender".
Costa referiu ainda que a paz "está distante desde o primeiro dia em que a guerra começou". "Um minuto de guerra é tempo a mais de guerra", disse, lamentando a destruição massiva de cidades na Ucrânia e a falta de humanidade por parte da Rússia.
Sobre as mudanças de pastas no novo governo, Costa esclareceu que a "política externa portuguesa assenta numa constante e isso é um fator de grande unidade nacional".
Os chefes de Estado e de Governo da NATO reúnem-se presencialmente esta quinta-feira, no dia em que fará precisamente um mês desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro, estando prevista a participação, por videoconferência, do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.