Estados-membros "vão discutir pedido de adesão" da Ucrânia à UE e não descartam mais sanções

Presidente da Ucrânia já enviou a carta com o pedido de adesão.

Ursula Von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, confirmou que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já enviou a carta de pedido de adesão à União Europeia e explicou que agora foi desencadeado um processo, que será analisado.

"Na fase seguinte, os líderes dos estados-membros vão discutir o pedido de adesão. Antes da guerra já tínhamos relações extremamente positivas com a Ucrânia e havia também um acordo de comércio livre alargado", esclareceu Von der Leyen esta quinta-feira de manhã, em Bucareste.

A presidente da Comissão Europeia não descarta a possibilidade de avançar com um novo pacote de sanções à Rússia, se for necessário, e agradeceu ao povo romeno todo o apoio que tem prestado aos milhares de refugiados que abandonaram a Ucrânia, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Roménia.

Von der Leyen não tem dúvidas de que as sanções adotadas já estão a surtir efeito, mas acredita que Bruxelas pode não ficar por aqui.

"O nosso objetivo é reduzir a capacidade do Kremlin para travar a guerra contra os seus vizinhos, foi por isso que avançámos com três pacotes de sanções, de uma escala sem precedentes. Sanções que são aplicadas também pelos nossos aliados e parceiros por todo o mundo. As sanções já estão a ter impacto na economia russa e, por consequência, nos esforços de guerra de Putin. Se for necessário, se a situação se deteriorar no terreno, avançaremos com mais sanções", explicou a presidente da Comissão Europeia.

A presidente da Comissão Europeia acrescentou que os 27 estão determinados em garantir a sua independência do mercado russo de energia. É mesmo uma condição essencial caso o conflito entre a Rússia e o Ocidente se agrave mais. E confirma que, até agora, a guerra na Ucrânia já provocou a fuga de um milhão de pessoas.

"Ao mesmo tempo estamos a acautelar uma possível retaliação. Em particular estamos a trabalhar na diversificação das nossas reservas de energia, estamos a discutir isso. Na verdade, estamos a aumentar as reservas de gás para garantirmos que temos o suficiente para este inverno e estamos a duplicar o investimento em energias renováveis para garantir a nossa independência do mercado russo. Precisamos de nos tornar independentes do gás, petróleo e carvão russos", acrescentou.

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