Estados Unidos abatem balão chinês sobre o Atlântico

Espaço aéreo e três aeroportos nos estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul foram encerrados. China garante que se trata de um dispositivo de medição meteorológica que se desviou "muito da sua trajetória prevista".

Os Estados Unidos abateram este sábado o balão chinês que sobrevoava território norte-americano desde esta terça-feira, confirmou o Pentágono.

Entretanto, o Presidente norte-americano, Joe Biden, deu os parabéns aos militares pelo "sucesso" da operação e confirmou que já tinha dado, na quarta-feira, a ordem para que o balão fosse derrubado "assim que possível".

As agências internacionais Reuters e Associated Press, que citavam responsáveis militares norte-americanos não identificados, já tinham avançado que a operação foi levada a cabo pela Força Aérea norte-americana sobre a costa atlântica dos estados da Carolina do Norte e da Carolina do Sul.

Esta tarde, o governo liderado por Joe Biden tinha ordenado a suspensão de todos os voos na região e o encerramento dos aeroportos de Wilmington, Charleston e Myrtle Beach por razões de "segurança nacional".

Os destroços do balão, que terão caído no oceano Atlântico, vão agora ser recolhidos pela Guarda Costeira, que também esta tarde tinha pedido a todos os responsáveis por embarcações que abandonassem a área devido a uma operação de Defesa "que representa perigo relevante".

O governo norte-americano já tinha admitido a possibilidade de abater o alegado balão espião chinês que estava a sobrevoar o país e Joe Biden chegou mesmo a afirmar estar a "tratar" do assunto.

O Governo chinês continua a insistir que a presença do balão sobre o território norte-americano se deve a um acidente, alegando que se trata de um dispositivo de investigação civil.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China atribuiu a situação a um evento de "força maior", admitindo que obrigou a um sistema de "contactos e comunicação constantes" entre os dois países, acordado em comum pelos Presidentes, Joe Biden e Xi Jinping, para esclarecer qualquer tipo de mal-entendido.

"Esta situação foi completamente inesperada, mas os factos são muito claros. Trata-se de um dispositivo civil para fins meteorológicos", insistiu de novo um porta-voz da diplomacia chinesa, nas últimas horas.

Este porta-voz acrescentou que o aparelho foi afetado pelas correntes geradas pelos ventos de oeste das zonas centrais do planeta e que, "pelo facto de a sua capacidade de manobra ser muito limitada, acabou por se desviar muito da sua trajetória prevista".

"A China sempre agiu em estrita conformidade com o Direito Internacional e respeita a soberania e integridade territorial de todos os países. Não temos intenção de violar e nunca violamos o território ou espaço aéreo de qualquer país soberano", garantiu a diplomacia chinesa.

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