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Os EUA estão em "estado de alerta avançado" devido à variante Ómicron do coronavírus, anunciou esta segunda-feira o conselheiro de Saúde da Casa Branca, Anthony Fauci, pedindo aos norte-americanos para receberem a dose de reforço da vacina.
Os Estados Unidos ainda não têm casos confirmados da variante Ómicron, que tem levado vários países a criar constrangimentos nas fronteiras, mas as declarações de Fauci acontecem um dia após a identificação dos primeiros dois casos no Canadá, um país vizinho.
"Obviamente, estamos em alerta preventivo", explicou o conselheiro da Casa Branca, durante uma entrevista televisiva, acrescentando que está a aguardar mais dados dos especialistas sobre a nova variante, para compreender o grau de perigosidade da Ómicron.

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Fauci pediu às pessoas elegíveis para receberem a dose de reforço das vacinas contra a Covid-19, sem aguardarem pelo desenvolvimento de uma vacina específica para a Ómicron, "da qual poderemos vir a precisar".
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Algumas empresas farmacêuticas já anunciaram que vão ajustar as suas vacinas contra a Covid-19 para melhor atacar a variante Ómicron, mas Fauci insiste que as atuais fórmulas têm revelado a sua eficácia de grande espetro.
"O que sabemos é que as pessoas vacinadas estão muito mais seguras do que as não vacinadas, especialmente quando recebem a dose de reforço", explicou Fauci.

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"É inevitável que mais cedo ou mais tarde (a variante Ómicron) se dissemine", porque parece ser muito contagiosa, concluiu o imunologista.
Contudo, Fauci sublinhou que ainda há muito poucas certezas sobre esta nova variante, inicialmente detetada na África do Sul e considerada "preocupante" pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Até agora, nenhuma morte associada à Ómicron foi relatada", informou a OMS, num artigo científico hoje divulgado, mas reconhecendo que a probabilidade de a variante se espalhar é "globalmente elevada".

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Fauci disse ainda que não está previsto que o Presidente dos EUA, Joe Biden, anuncie novas restrições no âmbito do combate à pandemia, por causa da nova variante, além da decisão já tomada na passada semana de restringir a entrada de passageiros oriundos da África Austral.
"Não devemos falar em bloqueios", disse o conselheiro da Casa Branca, acrescentando que não há nenhum motivo para pânico.
"Devemos, isso sim, estar preocupados. E a nossa preocupação deve estimular-nos a tomar as decisões que consideramos eficazes", esclareceu Anthony Fauci.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.197.718 mortos mortes em todo o mundo, entre mais de 260,81 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar uma maior infecciosidade.