EUA estão a "trabalhar ativamente" num acordo para Polónia fornecer aviões a Kiev

De acordo com Antony Blinken, os Estados Unidos estão em "conversações muito ativas com as autoridades ucranianas para uma avaliação final das suas necessidades".

Os Estados Unidos estão "a trabalhar ativamente" para concertar com a Polónia o envio de aviões de guerra para a Ucrânia, disse este domingo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, durante uma visita à Moldova.

"É impossível falar de um calendário, mas posso dizer que estamos a analisar o assunto muito, muito ativamente", afirmou Blinken à imprensa.

De acordo com Blinken, os Estados Unidos estão em "conversações muito ativas com as autoridades ucranianas (...) para uma avaliação final das suas necessidades".

"No decorrer desta avaliação, vamos ver o que nós, os nossos aliados e os nossos parceiros podemos fornecer" para fortalecer as defesas das forças ucranianas contra a invasão russa, acrescentou.

"Estamos agora a analisar ativamente a questão dos aviões que a Polónia pode fornecer à Ucrânia e a analisar como podemos compensar a Polónia se [o país] decidir avançar com esse fornecimento de aviões", acrescentou o secretário de Estado.

Vários meios de comunicação norte-americanos avançaram a possibilidade de um possível acordo entre os Estados Unidos e a Polónia para Varsóvia fornecer à Ucrânia aviões de guerra da era soviética em troca de caças F-16 norte-americanos.

"Estamos a trabalhar com os polacos nesta questão e estamos a consultar os nossos aliados da NATO", disse um responsável da Casa Branca, citado pelo Wall Street Journal (WSJ) e pela NBC.

Kiev tem pedido aos países ocidentais que forneçam assistência militar, incluindo aviões, para se defender contra a invasão russa, que entrou hoje no 11º dia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos países da Europa de leste que lhe forneçam aviões fabricados na Rússia, já que os ucranianos sabem pilotá-los.

De acordo com o WSJ, que cita duas pessoas que participaram numa conversa virtual realizada no sábado entre o Presidente ucraniano e membros eleitos do Congresso dos Estados Unidos, Zelensky pediu caças quando o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, lhe perguntou qual o elemento de que mais necessitava.

Durante essa conversa, o Presidente ucraniano pediu também a imposição de sanções económicas mais duras à Rússia, incluindo a proibição de importações de petróleo e gás russos.

Durante a conversa, os membros eleitos do Congresso dos EUA prometeram ainda desbloquear 10 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões de euros) para ajudar a Ucrânia.

A Casa Branca descartou, no entanto, a hipótese de proibir, nesta fase, as importações de energia russa, temendo um aumento dos preços para os consumidores norte-americanos, já afetados por uma inflação recorde.

Os Estados Unidos anunciaram na semana passada que forneceriam ajuda militar à Ucrânia no valor 350 milhões de dólares (cerca de 320 milhões de euros), o que constitui a maior ajuda militar na história dos EUA.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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