Vídeo. EUA monitorizam passagem de balão espião chinês sobre o país

Balão não foi derrubado porque era grande o suficiente para que os destroços causassem estragos se fosse abatido numa zona povoada.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está a monitorizar os movimentos de um balão espião chinês que está a sobrevoar a alta altitude o território norte-americano, adiantou esta quinta-feira fonte do Pentágono.

A pedido do Presidente norte-americano, Joe Biden, o Pentágono considerou derrubar este balão, mas decidiu não fazê-lo devido aos riscos potenciais que os destroços representam para quem está no solo, adiantou um alto funcionário da Defesa dos EUA, que falou sob a condição de anonimato.

"Estamos a tomar medidas para nos protegermos contra a recolha de informação sensível", salientou, insistindo no "limitado valor acrescentado em termos de recolha de informação" do dispositivo descrito como uma bola de futebol, de tamanho bastante grande.

"Consideramos que era grande o suficiente para que os destroços causassem estragos" se for abatido numa zona povoada, destacou a mesma fonte, citada pela agência France-Presse (AFP).

O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, referiu que o Comando de Defesa Aeroespacial dos Estados Unidos e do Canadá (Norad) estava a monitorizar os movimentos do balão, mas que este não representava "risco militar ou físico para as pessoas no chão".

"Claramente, este balão destina-se à vigilância e a sua atual trajetória leva-o a locais sensíveis", incluindo silos nucleares, acrescentou o porta-voz do Pentágono, referindo-se ao Estado de Montana, no oeste dos Estados Unidos.

O balão entrou no espaço aéreo dos EUA "há vários dias", mas a inteligência dos EUA está a segui-lo desde muito antes, salientou Pat Ryder, acrescentando que não é a primeira vez que os militares dos EUA percebem tal intrusão.

Este incidente ocorre antes da visita de dois do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à China, no domingo, a primeira viagem de um ministro dos Negócios Estrangeiros dos EUA ao rival asiático desde 2018.

Fonte do Pentágono destacou que após a deteção do balão têm estado em contacto com responsáveis chineses através de vários canais, como as respetivas embaixadas da China e dos Estados Unidos em Washington e Pequim.

"Transmitimos-lhes a seriedade com que levamos este assunto", sublinhou, acrescentando que os EUA "farão o que for necessário para proteger o seu povo e o seu território".

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