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Os líderes europeus debatem esta manhã, em Bruxelas, os mais recentes desenvolvimentos na economia e no sistema financeiro europeu.
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Em cima da mesa vai estar também a coordenação das políticas orçamentais. Na cimeira do euro, em "formato inclusivo [com os 27 Estados da UE]", os líderes europeus vão trocar pontos de vista sobre a governação económica e fazer o balanço da arquitetura financeira da União Económica e Monetária.
A falar à entrada para a cimeira, o presidente do Eurogrupo, Pascal Donohoe, manifestou confiança em relação à capacidade do sistema financeiro para lidar com os desenvolvimentos mais recentes, garantindo, que não vai faltar dinheiro aos bancos.
Ouça aqui a reportagem da TSF em Bruxelas
No entanto, Donhoen admite que a União Europeia não pode ficar indiferente aos mais recentes desenvolvimentos no sistema bancário, depois da crise do Credit Swiss e do Silicon Valley Bank.
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"Os recentes desenvolvimentos que tiveram lugar nos mercados financeiros e nos bancos em todo o mundo recordam-nos a necessidade de estarmos sempre vigilantes e de continuarmos a acompanhar os riscos à medida que estes se desenvolvem", afirmou Pascal Donohoe, confiante de que o sistema bancário terá robustez para enfrentar a crise.
"Estou muito confiante no volume de liquidez, na resiliência que o nosso sistema bancário tem acumulado", disse o presidente do Eurogrupo, assinalando que os "reguladores, as instituições, a nível nacional e europeu, desempenharam um papel muito importante no reforço da resiliência do nosso sistema bancário".
"Por isso, acredito que temos as reservas e a resiliência para assegurar a estabilidade do nosso sistema bancário, neste momento", assegurou.
Apoios e inflação
Pascal Donohoe defende, perante os líderes europeus, que a política orçamental deve permanecer coordenada, mas é altura de introduzir alterações para lidar com a inflação.
"Reconhecemos que as medidas que aumentam a procura nas nossas economias e aumentam permanentemente o endividamento já não se justificarão perante as mudanças que estão a acontecer", considerou Donohoe, admitindo, porém, que "é preciso manter o apoio às nossas sociedades, particularmente para os mais vulneráveis".
O presidente do Eurogrupo lembrou ainda que há um acordo, há mais de meio ano, "alcançado no verão passado", para se avançar na União Bancária. Agora, "é altura para concretizar as medidas", defendeu.