- Comentar
O ex-Presidente dos EUA George Bush lamentou esta segunda-feira a morte, aos 84 anos, do general Colin Powell, que foi seu secretário de Estado, lembrando-o como um "grande servidor público".
"Ele foi um grande servidor público (...) amplamente respeitado dentro e fora de fronteiras", disse Bush, referindo-se ao primeiro afro-americano a ocupar o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (1990), antes de se tornar chefe da diplomacia norte-americana (2001-2005).
Colin Powell morreu esta segunda-feira aos 84 anos, devido a complicações relacionadas com a Covid-19, informou a família.
Ouça o comentário do investigador Tiago Moreira de Sá, do Instituto Português de Relações Internacionais, sobre a vida de Colin Powell
"E, o mais importante, Colin era um homem de família e um amigo. Laura e eu enviamos a Alma (viúva) e aos seus filhos as nossas sinceras condolências, quando eles recordam a vida de um grande homem", disse Bush.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias

Leia também:
Colin Powell, ex-secretário de Estado norte-americano, morre de complicações da Covid-19
"Muitos presidentes confiaram no julgamento e na experiência do general Powell", concluiu George W. Bush. Também o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, prestou homenagem a "um grande homem".
"O mundo perdeu um dos seus maiores. Perdi um grande amigo e um mentor", disse Austin, que se encontra numa viagem a Tbilissi, capital da Geórgia, numa digressão pelos países do Mar Negro.
Powell "era um homem respeitado em todo o mundo (...). Será impossível substituí-lo", concluiu Austin.
Colin Powell foi também uma peça chave no Governo de George W. Bush na luta contra o terrorismo, após os ataques de 11 de setembro de 2001, tirando proveito do conhecimento adquirido em particular pela sua passagem como chefe do Estado-Maior Conjunto, onde chegou em 1990.
Em 1989, Powell foi o estratego da invasão militar norte-americana do Panamá, que visou derrubar o ditador Manuel Noriega, cujo sucesso lhe valeu a atribuição da responsabilidade da operação Tempestade no Deserto, durante a Guerra do Golfo (1990-91).
Powell retirou-se da carreira militar em 1993, mantendo a sua atividade limitada a dar conferências e a escrever livros, tendo sido por várias vezes apontado como um possível candidato do Partido Republicano, apesar da sua condição de independente.
Em 2008, contudo, Powell manifestou publicamente o seu apoio à candidatura presidencial do democrata Barack Obama, no seu primeiro mandato.