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O exército ucraniano anunciou, esta sexta-feira de manhã, que está a combater as forças russas no norte de Kiev. Um correspondente da AFP no local ouviu explosões e tiros em Obolonsky, um bairro a norte da capital ucraniana, e os moradores correram em busca de proteção quando ouviram as primeiras explosões.
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Hanna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, já admitiu o avanço das tropas inimigas em Kiev.
"A ocupação inimiga de Vorsel e das aldeias circundantes é possível", escreveu Hanna Malyar na rede social Facebook.
Vorzel é uma aldeia na região ucraniana, a cerca de 35 quilómetros da capital, onde esta manhã se ouviram explosões, que o assessor do Ministério do Interior Anton Gerashchenko atribuiu ao disparo de baterias antiaéreas que defendiam a cidade.
Esta manhã, as tropas ucranianas disseram estar a enfrentar blindados russos nas localidades de Dymer e Ivankiv, situadas a 45 e 80 quilómetros da capital, respetivamente.
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"As tropas das Forças Armadas da Ucrânia lutam em redor das localidades de Dymer e Ivankiv, onde chegou um grande número de blindados do inimigo", anunciou o exército na sua página de Facebook.
O avanço das "forças do inimigo foi travado nas margens do rio Teterov. A ponte sobre o rio destruída", pode ler-se na mesma rede social.
O Estado-Maior do exército afirmou também que controla o aeroporto militar de Gostomel, à entrada de Kiev.
A Rússia lançou, na quinta-feira de madrugada, uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

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O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

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*Notícia atualizada às 9h41
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