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Na semana em que se soube que Alexei Navalny está há mais de quatro meses na solitária, ele próprio denuncia que vai ser transferido. Na cela atual, com dois por três metros, é suposto os detidos estarem, no máximo, 15 dias, mas sempre que esse período acaba o opositor russo é acusado de uma nova violação das regras da prisão. Navalny está na solitária 24 horas por dia, apenas lhe permitem ter um livro e escrever durante meia hora.
Numa mensagem de Navalny, colocada no Instagram, ele diz que foi informado da transferência para um local onde as condições são ainda mais duras. A filha está preocupada com o estado de saúde do pai e garante que as condições em que vive são deploráveis.
Em entrevista à CNN, Dasha Navalny disse que "Vladimir Putin e o sistema penal federal continuam a agir sem lei, estão lentamente a torturar e a matar o meu pai. Da última vez que aqui estive, queríamos que os médicos o fossem ver porque havia um grave problema de gripe na cadeia. Em vez disso eles infetaram-no deliberadamente colocando uma pessoa doente na cela dele. Depois receitaram-lhe antibióticos, o que parece estar correto, mas a dose foi tão elevada que ele perdeu sete quilos (em duas semanas). Uma perda de peso assim é muito preocupante".
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A jovem diz que, na realidade, os problemas de saúde do pai não estão a ser tratados. Dasha está preocupada e foi por isso que fez um apelo a Vladimir Putin: "Não há qualquer possibilidade de a colónia penal ter decidido agravar as condições em que vive o meu pai sem a luz verde do governo. Estas ações são uma estratégia clara para destruir a saúde física e mental dele."
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Apesar da preocupação, Dasha Navalnya diz que a família não desiste e continua a ter esperança. Ela pede a todos os que gostam da democracia para fazerem o mesmo, divulgando o caso do pai.
Na mensagem colocada no Instagram e escrita por Alexei Navalny, ele diz que os tempos difíceis tornam um homem mais forte e vai manter a luta contra o governo, que considera desonesto. O opositor russo queixa-se, no entanto, do que lhe estão a fazer, dizendo que mesmo um assassino em série a cumprir uma pena de prisão perpétua tem direito a visitas. Ele não tem.
Navalny não vê a família há oito meses.