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A administração fiscal dos EUA anunciou na quinta-feira a abertura de um inquérito independente sobre a auditoria muito rara feita a dois inimigos do antigo presidente Donald Trump.
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James Comey, diretor da polícia federal (FBI) até à sua demissão por Trumnp, em 2017, e Andrew McCabe, adjunto de Comey e seu substituto temporário, foram sujeitos a auditorias muito exaustivas às suas declarações fiscais quando Trump estava na Casa Branca.
Apenas alguns milhares de cidadãos são sujeitos a esta auditoria todos os anos e é suposto serem escolhidos completamente ao acaso.
A maneira como os dois homens, inimigos de Trump pelo papel que tiveram no inquérito sobre a interferência da Federação Russa nas eleições presidenciais nos EUA, foram selecionados levantou suspeitas.
"Talvez seja uma coincidência, ou talvez alguém se serviu do fisco para atacar um inimigo político. Considerando o papel que Trump quer continuar a ter no país, devemos conhecer a resposta a esta questão", afirmou Comey ao New York Times.
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O fisco norte-americano confirmou, em comunicado, que o seu chefe tinha solicitado a realização de uma auditoria para esclarecer este assunto.
Trump demitiu James Comey em 2017, quando este investigava as ingerências estrangeiras na eleição de 2016, suspeitas de terem contribuído para a vitória surpreendente do multimilionário.