Em 2015, neste mesmo local, foram encontrados ossos de 15 indivíduos desta antiga espécie humana. A espécie, apelidada de "estrela" em Sesotho, foi classificada dentro do género Homo, ao qual pertence o homem moderno.
Em 2015, neste mesmo local, foram encontrados ossos de 15 indivíduos desta antiga espécie humana. A espécie, apelidada de "estrela" em Sesotho, foi classificada dentro do género Homo, ao qual pertence o homem moderno.
A descoberta de fósseis do crânio de uma criança numa caverna na África do Sul, anunciada esta quinta-feira, relançou o enigma sobre os primos distantes do Homem, batizados de Homo naledi, cujas primeiras evidências de existência desafiaram teorias da evolução.
Vinte e oito fragmentos de um minúsculo crânio e seis dentes minúsculos foram encontrados numa caverna em Maropeng (perto de Joanesburgo), um riquíssimo sítio arqueológico do 'Berço da Humanidade', recheado de cavernas e fósseis pré-humanos, que tem sido, ao longo destes anos, um tesouro de informações para paleontólogos e que está classificado como Património Mundial da Unesco.
Os restos mortais foram encontrados num local quase inacessível, depois de várias passagens que, por vezes, medem menos de 10 centímetros de largura. Em declarações à AFP, o investigador Tebogo Makhubela, notou que o Homo naledi teria, provavelmente, mais facilidade em se movimentar pela caverna devido à sua menor estatura e pelo facto de serem "melhores em escalada".
Devido à sua distância em relação aos outros achados, os investigadores apelidaram a criança de Leti, um derivado da palavra seTswana "letimela", que significa "a perdida".
Estes são os primeiros vestígios de um crânio de criança - não foi encontrado qualquer outro osso, nem sequer um maxilar - e não mostram sinais de danos, como aconteceria no caso de um ataque de carnívoros.
"O verdadeiro mistério sobre esta criança é o motivo pelo qual foi parar aquele sitio" declarou, por seu lado, o paleontólogo Lee Berger e líder desta pesquisa, acrescentando que "algo e incrível aconteceu nesta caverna há 200 mil a 300 mil anos".
Apesar de os cientistas se referirem à criança como mulher, o seu sexo não foi determinado, segundo a AFP.
Em 2015, neste mesmo local, foram encontrados ossos de 15 indivíduos desta antiga espécie humana. A espécie, apelidada de 'estrela' em Sesotho (um dialeto sul-africano), foi classificada dentro do género Homo, ao qual pertence o homem moderno.
Os exames realizados revelaram o retrato de um hominídeo de pequena estatura, dotado com características de espécies com milhões de anos - como um cérebro minúsculo - e de outras mais recentes, como pés de caminhante contemporâneo e mãos capazes de segurar ferramentas.
Declarado Património Mundial pela UNESCO em 1999, o autoproclamado Berço da Humanidade consiste num complexo de grutas de calcário a cerca de 50 quilómetros noroeste de Joanesburgo.