Fundo de compensações para países vulneráveis é "decisivo" para justiça climática

O primeiro-ministro do Paquistão refere que "cabe agora ao comité de transição implementar este desenvolvimento histórico".

A adoção de um fundo dedicado a compensar os danos climáticos nos países mais vulneráveis é "um primeiro passo decisivo em direção ao objetivo da justiça climática", afirmou este domingo o primeiro-ministro paquistanês, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

"Cabe agora ao comité de transição implementar este desenvolvimento histórico", acrescentou Shehbaz Sharif.

Segundo a ONU, as inundações que afetaram um terço do território do Paquistão durante as monções deste verão e cerca de 33 milhões de pessoas causaram mais de 30 mil milhões de dólares (cerca de 29 mil milhões de euros) em danos e prejuízos económicas.

A conferência anual do clima da ONU aprovou hoje um acordo que prevê a criação de um fundo para financiar danos climáticos sofridos por países "particularmente vulneráveis", numa decisão descrita como histórica.

A resolução foi adotada por unanimidade em assembleia plenária, seguida de aplausos estrondosos, no final da conferência anual do clima da ONU.

A resolução enfatiza a "necessidade imediata de recursos financeiros novos, adicionais, previsíveis e adequados para ajudar os países em desenvolvimento que são particularmente vulneráveis" aos impactos "económicos e não económicos" das alterações climáticas.

A implementação do fundo será elaborada por uma comissão especial e depois adotada na próxima COP28, no final de 2023, nos Emirados Árabes Unidos.

A 27.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas começou em 06 novembro e terminou hoje em Sharm-el-Sheik, no Egito, juntando mais de 35 mil participantes, nomeadamente vários líderes de países, com cerca de duas mil intervenções sobre mais de 300 tópicos.

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