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As ginastas Simone Biles, McKayla Maroney e Aly Raisman, campeãs olímpicas e mundiais pelos Estados Unidos da América, vão testemunhar perante uma comissão do Senado esta quarta-feira, que analisa as falhas do FBI na investigação a abusos sexuais por parte do antigo médico da equipa Larry Nassar.
O médico de 58 anos está a cumprir pena de prisão perpétua após depois de se ter declarado culpado, no final de 2017 e início de 2018, de agressão sexual a mulheres e raparigas enquanto trabalhava como médico de medicina desportiva na USA Gymnastics and Michigan State University (MSU).
Cerca de 265 mulheres - incluindo atletas olímpicas, de várias universidades e ginastas - acusaram Nassar de abusar sexualmente delas durante a sua carreira de mais de duas décadas.
Biles, Maroney, Raisman e outra ex-ginasta, Maggie Nichols, vão testemunhar perante a Comissão Judiciária do Senado sobre "o incumprimento do dever do FBI no caso Nassar", explica a comissão. O diretor do FBI, Christopher Wray, e o Inspetor-Geral do Departamento de Justiça, Michael Horowitz, também testemunharão, mas numa sessão separada.
O gabinete de Horowitz foi o autor de um relatório publicado em Julho que analisava o tratamento dado pelo FBI às acusações contra Nassar e constatou que, apesar da "natureza extraordinariamente grave das acusações" contra Nassar, os altos funcionários do gabinete do FBI de Indianápolis não responderam com a "extrema seriedade e urgência que mereciam".
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A equipa de ginástica dos EUA denunciou Nassar ao FBI em julho de 2015, mas este continuou a consultar pacientes na Michigan State University até ser denunciado por um jornal em setembro de 2016.