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A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros disse neste domingo, no Cairo, que os direitos humanos vão ser centrais para as vendas de armas internacionais por parte do seu Governo, incluindo ao Egito.
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A ministra Annalena Baerbock afirmou que uma lei a ser implementada este ano vai também impor restrições para garantir que não serão vendidas armas a países em áreas afetadas por crises, exceto em circunstâncias excecionais.
"A situação dos direitos humanos já representa um papel importante aqui", disse a governante, sem especificar que mecanismos vão ser postos em prática.
Baerbock falava numa conferência de imprensa na capital egípcia, ao lado do seu homólogo, Sameh Shukry, depois de se encontrar com o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi.
O Governo egípcio reprime, há anos, a oposição, detendo milhares de pessoas, principalmente islamitas, mas também ativistas seculares, envolvidos na Primavera Árabe de 2011 que depôs Hosni Mubarak.
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Por seu lado, o ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros defendeu que a proteção do seu país é vital para a Europa, especialmente ao evitar que migrantes atravessem o Mediterrâneo.
Shukry realçou que, caso a Alemanha decida limitar a venda de armas, o Egito procurará outras fontes.
Em 2021, a Alemanha exportou 9,35 mil milhões de euros em armamento, dos quais quase metade foram para o Egito.