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Os bombardeamentos russos causaram estragos em 307 instalações de saúde, destruiu 21 clínicas e obrigou a montar vários hospitais de campanha, de acordo com os dados divulgados este sábado pelo ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko.
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"Tivemos um total de 307 instalações de saúde danificadas, desde o início da guerra. Este número inclui centros de cuidados primários. Vinte e um hospitais foram totalmente destruídos e não podem ser recuperados. Terão de ser construídos novos", indicou o governante, citado pela agência Efe.
Viktor Lyashko explicou que, tendo em conta o nível de destruição dos hospitais, os médicos "são transferidos frequentemente de um edifício para outro, que esteja intacto, para não parar o processo de prestação médica".
O governante adiantou ainda que muitos pacientes tiveram de ser transferidos das regiões de Donestsk e Lugansk para "outros lugares mais seguros", e que houve a necessidade de montar hospitais de campanha nas regiões mais ocidentais da Ucrânia, uma vez que, nas zonas de combate, só é possível prestar os primeiros socorros.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
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