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A Associação de Taxistas de Angola garante que a greve se mantém.
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Na rede social Facebook, um administrador escreve mesmo que a paralisação vai "pegar fogo", esta segunda-feira. Rafael Inácio pede que os taxistas não se deixem levar pelas informações da Televisão Pública de Angola, que deu conta do cancelamento do protesto. São informações falsas, escreve o dirigente da Associação de taxistas de Angola. A informação é contraditória.
A TSF tentou falar com Francisco Paciente, presidente da ANATA, a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola, uma das três associações que convocou a greve.
Um dos objetivos da paralisação era protestar contra o facto de os táxis serem os únicos transportes sem poderem voltar à lotação máxima, devido à Covid-19.
Na semana passada, os taxistas do Huambo já estiveram parados, deixando muitos angolanos sem transportes.
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Ouça a explicação.
Na sexta-feira, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente João Lourenço anunciou que a lotação dos táxis voltava aos 100% . Mas, ouvido pela RFI, o presidente da ANATA, Francisco Paciente, explica que os taxistas querem garantias escritas do Governo. "Esse comunicado nos media não foi feito por documento. Não há nenhum despacho oficial que autorize a lotação de 100%; é apenas uma voz, é apenas uma ação verbal do ministro de Estado."
"Não temos prova alguma, do ponto de vista da lei, de que a alteração da lotação passou a 100%, porque a lei continua a dizer 50%", defende Francisco Paciente.
Por isso, os taxistas garantem que vão mesmo fazer greve nesta segunda-feira. Além da lotação máxima, reivindicam uma carteira profissional e obras nas estradas em mau estado.
Só em Luanda, há perto de 33 mil taxistas.