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Começa esta quinta-feira uma mobilização nacional contra a reforma das pensões apresentada pela primeira-ministra francesa Elisabeth Borne e pelo governo francês.
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As refinarias da Total Energies estão fechadas, os estudantes do ensino secundário tentam bloquear ruas da capital e, segundo o ministério da Educação, cerca de 40% dos professores estão em greve. Os transportes públicos estão suspensos ou continuam a circular de forma muito reduzida.
Laurent Berger, secretário-geral da CFDT, primeira organização sindical francesa, considera que é tempo de ouvir todos os trabalhadores de Norte a Sul do país.
"Temos de ouvir todos aqueles que estão aqui atrás de mim, que participam nas manifestações de hoje em Paris e em todas as cidades de França. O trabalho são todas estas pessoas. Estas pessoas não podem ser obrigadas a trabalhar mais tempo, muitas vezes porque o trabalho árduo que fazem não permite. Esta reforma afeta principalmente todos aqueles que começaram a trabalhar entre os 18 e os 21 anos e meio: todos estes trabalhadores considerados modestos estão na linha de mira desta reforma", defendeu o secretário-geral da CFDT, Laurent Berger.
Philippe Martinez, secretário-geral do sindicato francês CGT, acredita que "o milhão" de manifestantes "vai ser ultrapassado" ao longo do dia.
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Segundo o sindicato, há "mais 75% de manifestantes" em comparação com a manifestação de 2019, contra o antigo projeto de reforma das pensões do governo de Édouard Philippe.
Marine Tonnelier, secretária-geral do partido ecológico Os Verdes (EELV), considera que este é apenas o primeiro dia de muitas mobilizações.
"Vamos viver um dia memorável de mobilização. Há muitos franceses que vivem humilhações diárias, há meses ou anos. Chegou a hora de levantar a cabeça, de erguer o nosso orgulho, a nossa dignidade. Vamos continuar a lutar contra esta reforma nas próximas semanas", garantiu a secretária-geral do EELV.
Mais de duzentas marchas de protesto estão previstas para esta tarde. Durante este dia de greve, o presidente francês Emmanuel Macron, bem como 11 membros do Governo - entre eles os ministros do interior e dos transportes - participam na cimeira franco-espanhola, em Barcelona.