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A produtora de cervejas holandesa Heineken anunciou esta segunda-feira que vai deixar a Rússia, onde tem 1800 funcionários, devido à invasão da Ucrânia.
"Estamos a transferir os nossos negócios para um novo proprietário, em total conformidade com as leis internacionais e locais", refere uma fonte da empresa em comunicado.
A empresa já tinha anunciado em 9 de março a cessação da produção e venda das suas bebidas na Rússia.
O grupo garantiu o pagamento dos salários dos seus 1800 funcionários na Rússia até ao final de 2022.
Fundada no século XIX, em Amsterdão, a Heineken produz e vende mais de 300 marcas de cerveja e sidra, incluindo Heineken, Strongbow e Amstel, e emprega mais de 85.000 pessoas em todo o mundo.
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Centenas de empresas e grupos internacionais anunciaram nas últimas semanas, algumas sob pressão, a suspensão das suas atividades na Rússia ou sua retirada gradual do país devido à invasão da Ucrânia.

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Na semana passada, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa mensagem ao Parlamento francês, pediu às empresas francesas estabelecidas na Rússia que parassem de apoiar a "máquina de guerra" russa e deixassem este país, citando a Renault, a Auchan e a Leroy Merlin.

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A Auchan, que emprega 30.000 pessoas na Rússia, anunciou que manterá as suas atividades no país, citando em particular a necessidade de apoiar o poder de compra dos russos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.035 mortos, incluindo 90 crianças, e 1.650 feridos, dos quais 118 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,70 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

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Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.