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Quase quinze dias depois do ataque em Palma, o exército moçambicano conseguiu entrar na vila localizada no sudeste do país. Imagens inéditas divulgadas pela estação britânica Sky News mostram o rasto de destruição deixado pelos terroristas islâmicos: casas queimadas e cadáveres pelo chão.
Mais de 3500 pessoas fugiram ao ataque de Palma e, de acordo com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), foram necessárias 43 viagens aéreas e quatro percursos de navio para transportar os deslocados.
O relatório do INGD indica que das 3.591 pessoas que chegaram a Pemba, 669 são crianças e 529 são mulheres, avançando que três destas mulheres deram à luz durante as viagens.
A "nova onda" de deslocados requer "ajuda humanitária urgente", isto porque, como mostram as imagens da Sky News, há milhares de pessoas sem acesso a uma fonte de água potável ou alimento.

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Numa outra reportagem, a televisão britânica mostra ainda imagens inéditas do ataque em Palma recolhidas por uma empresa militar privada. Nas fotografias e vídeos, divulgados esta segunda-feira, é possível ver a operação de resgate de vários estrangeiros. Um deles, o britânico Phil Mawer, morreu durante uma emboscada.
A vila de Palma, a cerca de seis quilómetros do projeto de gás natural da Total, sofreu um ataque armado a 24 de março que as autoridades moçambicanas dizem ter resultado na morte de dezenas de pessoas e na fuga de milhares.