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A taxa de inflação homóloga atingiu um novo máximo de 5,8% na zona euro, em fevereiro, face aos 5,1% do mês anterior e aos 0,9% registados em fevereiro de 2021, segundo uma estimativa divulgada esta quarta-feira pelo Eurostat.
Este valor é um novo máximo desde o início da série, em 1997.
De acordo com a estimativa do serviço de estatísticas europeu, os preços da energia foram os que mais aumentaram em fevereiro (31,7%, contra 28,8% no mês anterior), seguindo-se os do setor da alimentação, álcool e tabaco (4,1%, face a 3,5%), o dos bens industriais não energéticos (3%, comparados com 2,1%) e o dos serviços (2,5%, acima dos 2,3% de janeiro).
Entre os 19 países da zona euro, Portugal apresentou, em fevereiro, a terceira menor taxa de inflação (4,4%), depois da França (4,1%), da Finlândia e Malta (ambas com 4,3%).
A Lituânia (13,9%), a Estónia (12,4%) e a Bélgica (9,6%) registaram as taxas de inflação mais altas, de acordo com a estimativa.
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Na zona euro, apenas os Países Baixos apresentaram um recuo na taxa de inflação homóloga em fevereiro, para os 7,2%, face aos 7,6% de janeiro.
A taxa de inflação tem vindo a acelerar desde junho de 2021, puxada pela subida dos preços dos combustíveis, e a atingir valores recorde desde novembro.
Em dezembro de 2021, a taxa de inflação na zona euro atingiu a barreira dos 5%, aproximando-se em fevereiro da dos 6%.
Em julho de 2021, o Banco Central Europeu (BCE) informou que a sua nova estratégia contempla um objetivo de inflação simétrica de 2% a médio prazo, uma meta mais flexível, admitindo desvios temporários e moderados.
O objetivo de inflação definido pelo BCE até então era uma taxa próxima, mas ligeiramente abaixo, de 2%.