Inflação em Espanha atinge 9,8%, um máximo de 37 anos

Valor representa uma subida de 2,2% face a fevereiro e é mais uma consequência da guerra na Ucrânia.

A inflação em Espanha atingiu, durante o mês de março, o valor de 9,8%, influenciado pelos preços da energia depois da invasão russa da Ucrânia.

Este valor, projetado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) espanhol, representa uma subida face aos 7,6% observados em fevereiro - quando Portugal registou 4,2% - e um máximo desde o mês de maio de 1985, quando foi registada uma inflação de 9,9%.

Os dados provisórios do Índice de Preços no Consumidor (IPC) publicados esta quarta-feira indicam que a subida dos preços se deve ao aumento generalizado da maioria dos componentes do cabaz, nomeadamente a eletricidade, combustíveis, alimentos e bebidas alcoólicas.

O INE espanhol inclui nos dados avançados do IPC uma estimativa da inflação anual subjacente (sem produtos alimentares e energéticos não transformados), que aumentou em março quatro décimas de ponto percentual, para 3,4%, a mais alta desde setembro de 2008.

Com os dados publicados hoje, o IPC espanhol anual registou a 15.ª taxa positiva consecutiva.

Em termos mensais, o IPC registou um aumento de 3% em março em comparação com fevereiro, o seu maior aumento mensal em qualquer mês desde 2002, quando a metodologia desta estatística foi alterada para refletir melhor as tendências do mercado.

No terceiro mês de 2022, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que serve para fazer comparações com outros países, teve um aumento homólogo de 9,8%, dois pontos acima da de fevereiro.

O INE espanhol vai publicar a 13 de abril próximo os dados finais do IPC de março.

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