Inflação no Reino Unido sobe para 10,4% em fevereiro

A subida é justificada pela escassez sem precedentes de produtos frescos.

A inflação no Reino Unido voltou a subir em fevereiro. A escassez de produtos frescos e o preço das roupas de mulher e das bebidas justificam a subida que voltou a colocar a inflação britânica perto de máximos históricos de 40 anos. Em fevereiro, o índice de preços atingiu 10,4%, mais três décimas do que em janeiro, e a apenas uma décima do máximo atingido em dezembro.

Os analistas foram surpreendidos por esta subida, já que antecipavam uma descida da inflação para valores abaixo dos 10%. Contudo, neste momento, a inflação é mais de cinco vezes superior ao objetivo de 2% fixado pelo Banco de Inglaterra.

O banco central vê-se agora confrontado, por um lado, com a necessidade de controlar a inflação, e, por outro, com as preocupações sobre as consequências dos problemas bancários globais, perante a possibilidade de aumentar as taxas de juro na quinta-feira.

A "crise das saladas", como lhe chamam os britânicos, refere-se a uma escassez sem precedentes de produtos frescos nas prateleiras das lojas, que está a fazer aumentar o preço dos poucos produtos disponíveis.

Os preços elevados da energia continuam a pressionar os orçamentos familiares.

A subida da inflação no Reino Unido aumenta também a pressão sobre o Banco de Inglaterra para aumentar as taxas de juro.

Estes dados surgem depois de o governo britânico ter previsto, na semana passada, que a inflação abrandaria acentuadamente para 2,9% até ao final do ano, estando o Reino Unido preparado para evitar a recessão.

A nível global, a inflação atingiu níveis sem precedentes no ano passado, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia começou a ter consequências sobre os preços da energia e dos alimentos.

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