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A República da Irlanda, Dinamarca e Bélgica vão fechar o seu espaço aéreo a todos os aviões russos devido à incursão militar da Rússia na Ucrânia.
A Áustria, país neutro que não integra a NATO, também está disponível para encerrar o seu espaço aéreo aos aviões russos, aguardando, contudo, uma decisão da reunião dos ministros dos Nagócios Estrangeiros da União Europeia (UE), este domingo.
O encerramento do espaço aéreo irlandês a aviões russos foi anunciado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da República da Irlanda, Simon Coveney.
"São chocantes os ataques russos na Ucrânia de um dia para o outro. A Irlanda atuará para fechar o espaço aéreo irlandês a todos os aviões russos", escreveu o ministro na sua conta na rede social Twitter, apelando a outros países da UE para que façam o mesmo.
Shocking Russian attacks on Ukraine overnight. #Ireland will move to shut off Irish Airspace to all Russian Aircraft. We encourage other EU partners to do the same. We also support new wide-ranging sanctions to be agreed today at EU FAC & new assistance package for #Ukraine. https://t.co/tL7UriHsah
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A Dinamarca foi outro dos países europeus a anunciar o fecho do seu espaço aéreo a aviões russos, incluindo a jatos privados, numa retaliação contra a invasão militar à Ucrânia ordenada por Putin.
Na reunião prevista para hoje dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, "vamos pressionar para um encerramento a nível da UE", escreveu na sua conta no Twitter o chefe da diplomacia dinamarquesa, Jeppe Kofod.
A invasão russa da Ucrânia "deve ser combatida com as mais fortes sanções internacionais possíveis", sustentou.
Denmark will be closing its airspace for Russian aircraft
At today"s meeting of EU ministers of foreign affairs we will push for an EU-wide ban#Russia"s unprovoked, despicable attack on #Ukraine must be met with strongest possible international sanctions & condemnation#dkpol pic.twitter.com/GJo0CphqGx
A Bélgica também vai encerrar o espaço aéreo "A todas as companhias aéreas russas", anunciou o primeiro-ministro, Alexander De Croo.
"Na Europa, os céus estão abertos, mas abertos àqueles que ligam as pessoas, não àqueles que cometem agressões brutais", escreveu o governante belga na sua página no Twitter.
Belgium has decided to close its airspace to all Russian airlines.
Our European skies are open skies. They're open for those who connect people, not for those who seek to brutally aggress.
Entretanto, a Áustria, país neutro que não é membro da NATO, preparou-se para fechar o seu espaço aéreo aos russos, aguardando, todavia, uma decisão conjunta dos 27 parceiros da União Europeia (UE) para concretizar a medida.
A afirmação foi feita pela ministra austríaca da Mobilidade, Energia e Proteção Climática, a ambientalista Leonore Gewessler, numa declaração na sua conta do Twitter.
"A Áustria apoia o encerramento do espaço aéreo da UE aos aviões russos. As nossas medidas são mais eficazes quando agimos em uníssono. Por conseguinte, é ainda mais importante que todas as decisões necessárias sejam tomadas rapidamente", escreveu Leonore Gewessler.
"Já tomámos todas as precauções necessárias. Uma vez tomada a decisão (da UE), a Áustria fechará imediatamente o seu espaço aéreo a todos os aviões russos", concluiu a ministra.
Entretanto, a agência noticiosa austríaca APA observa que "tendo em conta o encerramento iminente do espaço aéreo para a Rússia", a Austrian Airlines com sede em Viena informou que está a adotar a mesma medida que a Lufthansa alemã, a que pertence, de não sobrevoar o espaço aéreo russo durante pelo menos os próximos sete dias.
"Os voos para a Rússia serão suspensos durante este período", disse a companhia aérea numa declaração.
Vários países europeus, incluindo a República Checa, Polónia, Alemanha, Bulgária e os Estados Bálticos da Estónia, Letónia e Lituânia, assim como a Finlândia, já tinham anunciado que iriam fechar o seu espaço aéreo a aviões russos.
Moscovo também começou a proibir os aviões de vários países de atravessarem o seu espaço aéreo.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
ACOMPANHE AQUI TUDO SOBRE O CONFLITO ENTRE A RÚSSIA E A UCRÂNIA