Israel deseja mudança de regime no Irão por ocasião do ano novo iraniano

O primeiro-ministro israelita afirma que os povos de ambos os países "aspiram a um futuro melhor".

O primeiro-ministro de Israel, que considera o Irão como o principal inimigo, desejou aos iranianos, no domingo, uma mudança de regime político, por ocasião do Nowruz, o ano novo iraniano.

"Norouz significa 'novo dia' e é o meu maior desejo para vós, iranianos, que vejam um novo dia, um dia de liberdade do cruel regime iraniano", declarou Naftali Bennett, numa mensagem vídeo, em inglês, difundida pelo gabinete do chefe do Governo israelita.

"Israelitas e iranianos, temos tanto em comum: somos dois povos dinâmicos com histórias antigas e culturas ricas e que aspiram a um futuro melhor", acrescentou o primeiro-ministro, contrário a um regresso ao acordo de 2015 sobre o programa nuclear do Irão.

O Estado hebraico não concorda com um possível acordo internacional sobre o programa nuclear do Irão, inimigo "número um" de Israel, com os dois países a desenvolver ataques cibernéticos mútuos.

Na quarta-feira, os Estados Unidos disseram que um compromisso sobre o acordo estava "para breve", especialmente depois de vários sinais positivos, incluindo a libertação de dois presos iranianos-britânicos detidos no Irão há vários anos.

Teerão garantiu só restarem "duas questões" a resolver com Washington: as "garantias económicas" para proteger o país das sanções internacionais, e a retirada da 'lista negra' de organizações consideradas terroristas pelos EUA dos Guardas da Revolução, exigida pelo Irão, de acordo com agência de notícias France-Presse.

Israel pediu na sexta-feira a Washington, principal aliado do Estado hebraico, para manter os Guardas da Revolução, exército ideológico do poder iraniano, na 'lista negra', um dos últimos pontos de negociação sobre o programa nuclear iraniano, de acordo com Teerão.

No domingo, na reunião do Conselho de Ministros, Bennett denunciou que a vontade de assinar um acordo "quase a qualquer preço, incluindo dizer que a maior organização terrorista do mundo não é uma organização terrorista, é demasiado caro".

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