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A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou esta segunda-feira a suspensão das suas operações no espaço aéreo da Bielorrússia, após o sequestro pelas autoridades deste país de um avião que transportava um adversário do regime de Alexander Lukashenko.
"Devido à dinâmica da situação atual, suspendemos as operações no espaço aéreo bielorrusso por enquanto", disse a empresa em comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP.
Contactada pela TSF, a TAP fez saber que não voa para a Rússia, Bielorrússia nem para qualquer país que implique sobrevoar o espaço aéreo bielorruso. A pandemia suspendeu o voo que a TAP tinha para Moscovo e esse voo ainda não foi reposto.
As autoridades bielorrussas detiveram o jornalista Roman Protasevich no domingo, depois de o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, ter ordenado que um voo da companhia aérea Ryanair, que fazia a ligação entre Atenas (capital da Grécia) e Vilnius (capital da Lituânia), fosse desviado para o aeroporto de Minsk (capital da Bielorrússia).

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A Bielorrússia atravessa uma crise política desde as eleições de 09 de agosto de 2020, que segundo os resultados oficiais reconduziram o Presidente, Alexander Lukashenko, no poder há mais de duas décadas, para um sexto mandato, com 80% dos votos.
A oposição denunciou a eleição como fraudulenta e reivindicou a vitória nas presidenciais. Desde então, o país testemunhou uma vaga de protestos populares para exigir o afastamento de Lukashenko, manifestações conduzidas pela oposição que têm sido reprimidas com violência pelas forças de segurança da Bielorrússia.