Lufthansa deixa de voar para o Afeganistão

O grupo de aviação deixar de operar no Afeganistão, mas quer ajudar a retirar os civis que se encontrem deslocados devido ao conflito.

A Lufthansa anunciou que deixará de realizar viagens para o Afeganistão. Este é o primeiro grupo de aviação europeu a suspender "até nova ordem" o sobrevoo do Afeganistão.

"Todas as companhias aéreas do grupo suspenderam os voos sobre o Afeganistão até nova ordem", indicou a Lufthansa através de um comunicado enviado à agência France Presse. "Esta medida visa assegurar a segurança aérea", refere o grupo alemão detido pelas companhias Austrian Airlines, Swiss, Brussel Airlines e Eurowings.

A empresa encontra-se em negociação com o Governo alemão, para saber de que forma pode contribuir para retirar os civis de Cabul.

A Lufthansa "estuda neste momento, em cooperação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (alemão) a forma mais rápida de retirar os cidadãos alemães", acrescenta o grupo.

O primeiro avião da Bundeswehr (exército alemão) partiu no domingo para Cabul onde deve participar nos próximos dias na operação de evacuação da embaixada e retirada de civis e militares.

Os voos operados pelas companhias aéreas do grupo, que incluem a Austrian Airlines, Brussels Airlines, Eurowings e Swiss, sofrerão atrasos de até uma hora quando o destino for a Índia, adianta a AFP. "Em consequência, a duração dos voos com destino à Índia, entre outros, vai demorar mais uma hora", alerta o grupo Lufthansa.

A chegada dos taliban a Cabul precipitou a saída do país do Presidente Ashraf Ghani, mas o grupo guerrilheiro já tinha tomado o controlo de 28 das 34 capitais provinciais em dez dias. Os taliban pretendem assumir o poder no Afeganistão "nos próximos dias", 20 anos após terem sido derrubados por uma coligação liderada pelos Estados Unidos, pela sua recusa em entregar o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, após os atentados de 11 de setembro de 2001.

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