Lula da Silva entrega Prémio Camões a Chico Buarque quando vier a Lisboa em abril

Músico e escritor foi distinguido com o prémio em 2019, mas ainda não o recebeu.

O Presidente do Brasil, Lula da Silva, vai entregar o Prémio Camões a Chico Buarque no mês de abril, em Lisboa, avança o portal brasileiro de notícias UOL.

Distinguido em 2019, a atribuição tinha sido anunciada na na Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, em maio, mas ficou envolta em polémica quando o então Presidente do país, Jair Bolsonaro, deu a entender que não assinaria o diploma do prémio.

Em outubro, o ministério da Cultura avançava à TSF que Marcelo Rebelo de Sousa já tinha, por seu lado, assinado o diploma e que a entrega do prémio não era colocada em causa.

Agora, Lula vai aproveitar uma visita a Portugal por ocasião de uma cimeira luso-brasileira, entre 22 e 25 de ​a​​​​​bril, para entregar o prémio.

Esta viagem tinha sido anunciada por Marcelo Rebelo de Sousa quando se deslocou a Brasília para participar na tomada de posse do então recém-eleito Presidente brasileiro, no primeiro dia deste ano.

"Foi marcado já o que vai ser o encontro em Portugal, de 22 a 25 de Abril, com a cimeira entre o Presidente Lula e o primeiro-ministro português e a visita de Estado, a meu convite, que culmina na participação na cerimónia do 25 de Abril", declarou no momento.

O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988, com o objetivo de distinguir um autor "cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum".

Chico Buarque fora já distinguido duas vezes com o prémio Jabuti, o mais importante prémio literário no Brasil, pelo romance "Leite Derramado", em 2010, obra com que também venceu o antigo Prémio Portugal Telecom de Literatura, e por "Budapeste", em 2006.

O músico e escritor foi escolhido pelos jurados Clara Rowland e Manuel Frias Martins, indicados pelo Ministério português da Cultura, pelos brasileiros Antonio Cícero Correia Lima e António Carlos Hohlfeldt, pela professora angolana Ana Paula Tavares e pelo professor moçambicano Nataniel Ngomane.

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