Magdalena Andersson eleita primeira-ministra da Suécia

A social-democrata era até agora ministra das Finanças do governo do primeiro-ministro demissionário Stefan Löfven, que renunciou este mês depois de passar sete anos no cargo.

Magdalena Andersson foi eleita primeira-ministra da Suécia, esta quarta-feira, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo.

A social-democrata recebeu 117 votos a favor, 57 optaram pela abstenção e 174 deputados votaram contra seu nome e venceu a votação já que, na Suécia, um candidato ao cargo de chefe de Governo não precisa do apoio da maioria no Parlamento para aprovação.

De acordo com a Constituição sueca, os chefes de governo podem ser nomeados para governar pelo parlamento se 175 deputados não votarem contra.

Magdalena Andersson é a primeira mulher a ocupar o posto de primeiro-ministro. Embora a Suécia seja um dos países apontados como dos mais avançados da Europa em questões relacionadas com igualdade de género, mas o cargo de líder do Executivo nunca tinha sido desempenhado por uma mulher.

O Executivo de Lofven era considerado um "governo feminista" por ter promovido as questões sobre a igualdade entre homens e mulheres.???

Hoje, no Parlamento, Amineh Kababaveh, deputada independente que apoiou Andersson, referiu que a Suécia assinala atualmente os 100 anos das primeiras decisões políticas sobre direitos universais e o voto das mulheres.

"Se as mulheres podem votar, mas nunca conseguem ser eleitas para os mais altos cargos, então a democracia não está completa", disse Kakabaveh.

"Esta decisão foi simbólica", acrescentou a deputada independente.

Lofven vai manter-se formalmente em funções até que seja anunciada a formação do novo no Governo na próxima sexta-feira.

Andersson, 54 anos, vai liderar um Executivo de coligação minoritário formado pelos social-democratas e pelos Verdes.

Nos últimos dias, Andersson tentou garantir o apoio dos dois partidos minoritários que apoiaram o anterior governo de centro-esquerda liderado por Lofven: o Partido de Esquerda e o Partido de Centro.

Os deputados das duas formações partidárias abstiveram-se, não votando contra Andersson.

Durante as negociações, Andersson e o Partido de Esquerda chegaram a acordo sobre o aumento das pensões de reforma que abrange uma população de 700 mil pensionistas suecos com baixos rendimentos.

As próximas eleições gerais na Suécia vão realizar-se no dia 11 de setembro do próximo ano.

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