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Mais de 800 pessoas foram detidas este domingo, em várias cidades da Rússia, por protestarem contra a operação militar na Ucrânia, avança a organização não-governamental OVD-Info, especializada em monitorizar protestos. Jornalistas da agência AFP viram vários manifestantes a serem detidos por militares em Moscovo e São Petersburgo.
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Na capital, dezenas de pessoas chegaram mesmo a desafiar a proibição de manifestação, concentrando-se numa praça perto do Kremlin. Só em Moscovo, pelo menos cem manifestantes e um jornalista foram levados pela polícia, segundo um repórter da AFP no local.
"Paz no mundo", gritava uma mulher enquanto era levada à força por dois agentes.

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Vários polícias desenharam a letra "Z" nos capacetes, símbolo que expressa apoio aos soldados russos destacados na Ucrânia. O Ministério do Interior da Rússia informou, este domingo, que cerca de 300 pessoas foram detidas na capital russa por "distintas violações da ordem pública" e detalhou que estava a ser estudada a possibilidade de iniciar processos judiciais contra estes manifestantes.
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Em São Petersburgo, onde durante o dia houve muitos carros da polícia no centro, os manifestantes tentaram não dar muito nas vistas.
"Claro que é assustador sair [para protestar]. Levam todos, vários amigos meus foram presos. Outros foram expulsos da universidade", contou à AFP Kristina, de 20 anos, que vestia um casaco azul e um chapéu amarelo, as cores da bandeira ucraniana.

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Por perto passava um homem com cerca de 60 anos que gritou: "vocês são todos traidores, deviam ser presos." Quem protesta na Rússia contra a guerra na Ucrânia é multado ou preso. No último domingo, há uma semana, mais de cinco mil manifestantes foram detidos.
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