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A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que sobreviveu a um ataque dos taliban do Paquistão em 2012, pediu na segunda-feira pelos direitos das meninas e mulheres no Afeganistão, especialmente na educação, apelando aos Estados Unidos para o fazer.
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"O Afeganistão é hoje o único país onde as meninas não têm acesso ao ensino médio. Elas estão proibidas de aprender", disse Malala Yousafzai, que trabalha com jovens e ativistas afegãs, ao lado do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.
A ativista leu uma carta de uma jovem afegã de 14 anos dirigida ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sublinhando que as meninas e as mulheres "deviam ter direito de trabalhar e deviam poder ir à escola".
Malala Yousafzai afirmou que este adolescente, que se chama Sotodah, "escreve que quanto mais escolas e universidades permanecem fechadas para as meninas, mais isso vai atrapalhar o futuro".
"A educação das meninas é uma ferramenta poderosa para trazer paz e segurança. Se as meninas não aprenderem, o Afeganistão também sofrerá", continuou a ativista, citando a carta.
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"Como menina e como ser humano, preciso que saiba que tenho direitos. Mulheres e meninas têm direitos. Os afegãos têm o direito de viver em paz, de ir à escola e brincar", acrescentou, frisando que "esta é a mensagem das meninas afegãs hoje."
As escolas de ensino secundário no Afeganistão, onde os taliban recuperaram o poder no último verão, foram reabertas para rapazes e professores, mas as raparigas ainda não podem ter aulas.
"Esperamos que os Estados Unidos, juntamente com a ONU, tomem medidas imediatas para garantir autorização para que as meninas possam regressar à escola o mais rápido possível, que as mulheres possam voltar ao trabalho e que toda a assistência humanitária necessária para a educação fique disponível", pediu a jovem paquistanesa.