Marine Le Pen prepara debate, Macron dá entrevistas à comunicação social

A faltar menos de uma semana para a segunda volta das eleições presidenciais entre Marine Le Pen e Emmanuel Macron, a candidata da União Nacional está recolhida na Normandia para preparar o debate de quarta-feira. Emmanuel Macron aproveita o tempo de antena e dá entrevistas a vários meios de comunicação social.

O Presidente cessante aproveita para mostrar desacordo quanto às ideias defendidas pela candidata da oposição, nomeadamente, quanto aos referendos propostos por Marine Le Pen para mudar a Constituição.

"Marine Le Pen propõe alterar a Constituição por referendo, mas a medida não respeita a Constituição. Isto é um problema. Outros políticos fazem-no noutros países, isto acontece na Hungria o que permite mudar um regime à mão, mas eu denuncio o uso destas metodologias porque a eleição presidencial não vale uma mudança de regime. O que está implícito na metodologia de Marine Le Pen é que, uma vez eleita, ela assume-se mais importante que a Constituição porque ela pode não a respeitar para mudar as regras. Isto é uma rutura e é grave", descreveu.

Na semana passada, Emmanuel Macron deu o grande comício em Marselha, onde apresentou um programa pintado de verde, um primeiro-ministro encarregue da planificação ecológica e uma festa da natureza. A festa já existe, mas o essencial é a mensagem: "Temos de mudar o paradigma ecológico porque é a função da nossa geração." O Presidente lembra a juventude dos seus 44 anos, um dado raro.

Marine Le Pen fez marcha atrás quanto à questão do uso do véu. Durante longas semanas, a candidata propôs proibir o uso do véu nos espaços públicos, mas agora a questão é aliviada, como explica o porta-voz Sébastien Chenu.

"O nosso objetivo não é a batalha contra as mulheres, mas sim proteger e libertar mulheres a quem o véu é imposto por pressões sociais, familiar ou comunitária em alguns sítios'', defendeu.

Segundo o porta-voz de Marine Le Pen, os alvos são os islamitas. Marine Le Pen foi acusada de desviar pessoalmente 137.000 euros dos cofres europeus. "Isto são os ovos podres de eleições presidenciais."

Os dois maiores sindicatos franceses CGT e CFDT publicaram um comunicado, um momento inédito, é raro estarem de acordo e ainda menos que se exprimem lado a lado, Philippe Martinez e Laurent Berger apelam aos eleitores a não confiar as chaves da democracia a Marine Le Pen, sem no entanto mencionarem o nome de Emmanuel Macron.

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