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O grupo informático norte-americano Microsoft anunciou esta quarta-feira que vai despedir cerca de dez mil trabalhadores até ao final de março, justificando a decisão com a conjuntura económica e alterações nas prioridades dos clientes.
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A redução corresponde a pouco menos de 5% do pessoal da empresa, que vai também alterar os seus equipamentos informáticos e reduzir os espaços de trabalho.
Estas medidas terão um encargo de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros) nas contas do segundo trimestre.
Numa carta aos trabalhadores, o presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella, explicou que "os clientes aceleraram os gastos com informática durante a pandemia" e agora estão a tentar otimizá-los para "fazer mais com menos".
Outros grandes grupos do setor tecnológico anunciaram recentemente reduções de pessoal, como a Amazon e a Salesforce que divulgaram nas últimas semanas que vão cortar 18 mil e oito mil postos de trabalho, respetivamente.
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A Meta, que detém o Facebook e o Instagram, também anunciou em novembro um plano que abrange uma redução de 11 mil trabalhadores.
A Microsoft, que conta atualmente 221 mil funcionários em todo o mundo, contratou 75 mil desde 2019, segundo uma nota do analista Dan Ives, da Wedbush, na qual considera que estes despedimentos não são uma surpresa.
No ano passado, a Microsoft já tinha feito duas reduções de pessoal, uma em julho, que envolveu menos de 1% do pessoal, segundo a empresa e outra em outubro, tendo a segunda abrangido menos de 1.000 funcionários, de acordo com o 'site' Axios, citado pela AFP.