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O ministro da Saúde brasileiro informou esta sexta-feira que, apesar de estar assintomático, voltou a testar positivo à Covid-19 e permanecerá em isolamento nos Estados Unidos da América, onde foi infetado há pouco mais de uma semana.
"Infelizmente, o exame RT-PCR que fiz ontem [quinta-feira] continua positivo, o que me impede de retornar ao Brasil ainda hoje. Sigo trabalhando à distância para acelerar a imunização dos brasileiros. Agradeço a todos que estão torcendo por mim. Estou sem sintomas e logo, logo estarei de volta", escreveu o ministro, Marcelo Queiroga, na rede social Twitter.
No último dia 21 de setembro, Queiroga informou que testou positivo à doença durante uma viagem a Nova Iorque, onde integrou a comitiva do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, na Assembleia-Geral das Nações Unidas, e acrescentou que ficaria em isolamento naquela cidade norte-americana.
O ministro chegou a estar presente na Assembleia-Geral, mas frisou que esteve sempre de máscara.
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Contudo, Queiroga, que já recebeu as duas doses do imunizante contra a Covid-19, fez refeições nas ruas de Nova Iorque na companhia de Bolsonaro e de outros ministros.
O governante deu ainda diversas entrevistas na parte externa do hotel onde estava hospedado, além de ter circulado pelas dependências da ONU e pelo Memorial do 11 de Setembro, onde esteve com Bolsonaro, que, por sua vez, não usou máscara.
Além disso, o ministro participou em várias atividades oficiais, como num encontro entre Bolsonaro e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e encontros com outras personalidades, como o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, atual alta-comissária da ONU para Direitos Humanos.
Antes do ministro da Saúde, também um diplomata brasileiro que integrava a comitiva presidencial testou positivo durante a viagem a Nova Iorque.
Após o diagnóstico de Queiroga, e já de regresso ao Brasil, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente, e o presidente da Caixa Económica Federal, Pedro Guimarães, também testaram positivo para o novo coronavírus.
Já a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, e o Advogado-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, que anunciaram na passada sexta-feira estarem infetados pelo SARS-CoV-2, não viajaram com a comitiva.
Até ao regresso de Queiroga ao Brasil, o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, continua na liderança do Ministério da Saúde como ministro-substituto.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao totalizar 596.749 óbitos e 21,4 milhões de infeções pelo novo coronavírus.
A Covid-19 provocou pelo menos 4.780.108 mortes em todo o mundo, entre 233,72 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.