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Os ministros dos Assuntos Internos da União Europeia (UE), reunidos no Luxemburgo, vão fazer um balanço sobre as negociações relativas ao novo pacto em matéria de migração e asilo, prioritário para a presidência portuguesa do Conselho.
A reunião será presidida pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, em representação da presidência portuguesa do Conselho da UE, sendo que um dos assuntos em cima da mesa é então o novo pacto sobre migração e asilo, num esforço para tentar chegar a um acordo ainda este mês.
Este pacto sobre migração e asilo é visto como prioritário para Portugal, tendo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmado em maio passado que a presidência portuguesa irá lutar "até ao último minuto do seu mandato" por um acordo.
A proposta era há muito aguardada e foi apresentada em setembro do ano passado pela Comissão Europeia, mas apesar de ser uma prioridade da presidência portuguesa do Conselho as grandes diferenças em termos de política migratória entre os Estados-membros da UE não têm permitido grandes progressos nas discussões.
Na passada quarta-feira, a Comissão Europeia disse ainda assim estar otimista sobre a aprovação do Pacto para as Migrações e Asilo ainda durante a presidência portuguesa do Conselho da UE, ou seja, até final de junho.
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"A Comissão está em permanente contacto com os seus parceiros, nomeadamente com o ministro [Eduardo] Cabrita, a presidência portuguesa e o Parlamento Europeu, afirmou em conferência de imprensa em Bruxelas o comissário europeu para a Promoção do Modo de Vida Europeu.
"A presidência portuguesa, com a nossa ajuda, fez um excelente trabalho na proposta das agências de asilo, as diferenças estão a estreitar-se, há boa vontade, e espero que no próximo conselho seja alcançado um acordo", acrescentou Margaritis Schinas.
O responsável adiantou haver, por isso, "bases para otimismo".
"Não nos podemos dar ao luxo de falhar um acordo sobre as migrações", concluiu Margaritis Schinas.
Da agenda deste Conselho de Assuntos internos faz ainda parte um debate sobre a luta contra a criminalidade e o terrorismo, nomeadamente no contexto da pandemia de Covid-19, sobre as infraestruturas críticas da UE e sobre a nova estratégia de Schengen proposta pela Comissão Europeia.