Mísseis chineses terão atingido zona económica exclusiva do Japão

Informação foi revelada pelo ministro da Defesa nipónico.

O ministro da Defesa do Japão, Nobuo Kishi revelou esta quinta-feira que as águas da zona económica do país terão sido atingidas pela primeira vez por mísseis lançados pela China, adiantam várias agências internacionais de notícias.

"Suspeitamos que cinco dos nove mísseis balísticos disparados pela China terão caído na ZEE do Japão", afirmou aos jornalistas, para falar sobre o início dos exercícios navais militares que Pequim hoje iniciou em torno de Taiwan, após a visita à ilha que Pequim reivindica da líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi.

"Este é um episódio grave que afeta a segurança do nosso país e das suas pessoas", alertou, e "o Japão já apresentou um protesto à China por via diplomática".

Esta manhã, Taipé tinha denunciado o disparo de mísseis por parte da China, algo que Pequim acabou por confirmar. Segundo adiantou um responsável chinês, "todos os mísseis atingiram o alvo com precisão".

Por seu lado, o Ministério da Defesa taiwanês denunciou o disparo dos mísseis, condenando o que considerou as "ações irracionais que minam a paz regional".

"O Ministério da Defesa Nacional declara que o Partido Comunista Chinês disparou vários mísseis balísticos 'Dongfeng' nas águas circundantes do nordeste e sudoeste de Taiwan às 13:56 [06:56 em Lisboa]", anunciou o ministério, em comunicado, sem adiantar o local exato onde os mísseis caíram.

A televisão estatal chinesa, a CCTV, já tinha anunciado hoje de manhã, que a China ia dar início a exercícios militares, com fogo real, nas imediações de Taiwan, acrescentando que a operação irá durar até domingo.

As manobras militares surgem em resposta à visita a Taiwan da líder do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, vista pela China como uma grave provocação.

O Governo chinês respondeu nos últimos dias com sanções económicas a Taiwan.

Washington tem também um porta-aviões e outro equipamento naval na região.

O início das manobras militares da China levou o Ministério da Defesa de Taiwan a afirmar que se está a preparar para a guerra.

Pequim reclama a soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província separatista desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para a ilha em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.

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