Morreu a cantora brasileira Elza Soares

Tinha 91 anos e estava em casa, no Rio de Janeiro.

A cantora brasileira Elza Soares morreu esta quinta-feira aos 91 anos de "causas naturais" em sua casa no Rio de Janeiro, anunciou a sua assessoria. A artista morre 39 anos depois de Garrincha, lenda do futebol brasileiro, com quem foi casada durante 16 anos e com quem teve um filho.

"É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa no Rio de Janeiro, por causas naturais", lê-se no comunicado divulgado na conta do Instagram da cantora.

"Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milénio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação", acrescenta a mesma nota.

Considerada uma das maiores cantoras da música brasileira, Elza Soares começou a sua carreira no samba no final da década de 1950, lançou 34 discos, em que além do género mais popular da cultura brasileira, também cantou outros ritmos como jazz, hip hop, e até mesmo música eletrónica.

Uma "mulher de mão cheia" que encantou o Primavera Sound

Subiu ao palco apenas por uma vez em Portugal, corria o ano de 2017. Foi no festival Primavera Sound, no Porto, então sob alçada de José Barreiro, que quando viu a oportunidade, nem hesitou.

"Era uma daquelas artistas que sempre admiramos e na altura nem sabíamos que ela tinha espetáculo montado ao vivo e estava em digressão", explica à TSF, assinalando que foi "uma surpresa boa".

O que mais impressionou José Barreiro foi "a voz que Elza Soares ainda mantinha com 86 anos", acompanhada de uma banda "muito boa", sinal de "respeito pelo legado".

Pessoa "extraordinariamente simpática", falou e tirou com fotografias "com toda a gente que tentou", e manteve-se sempre "divertida e com sentido de humor", apesar das dificuldades de locomoção que até obrigaram a "preparar o palco de forma diferente" para que Elza, "mulher de mão cheia", pudesse entrar.

Distinguida em 1999, pela BBC, como a voz do milénio, José Barreiro explica que esse é um prémio que fala por si: "Não fomos nós portugueses, que temos influência da cultura brasileira, não são os próprios brasileiros a elegê-la, é alguém independente, um país que aprecia a música como um todo e que não olha a nacionalidades. Fica para a história da música e o seu legado será eterno."

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