Mulher condenada por invadir gabinete de Nancy Pelosi durante ataque ao Capitólio

Riley June Williams foi considerada culpada de seis acusações federais, incluindo desordem civil.

Uma mulher da Pensilvânia foi condenada esta segunda-feira por várias acusações federais, incluindo fazer parte de um grupo que invadiu o gabinete da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, durante o ataque ao Capitólio dos EUA.

Riley June Williams, que está ligada ao movimento de extrema-direita "Groyper", foi considerada culpada de seis acusações federais, incluindo desordem civil.

O júri chegou a um impasse em duas outras acusações, incluindo "auxílio e cumplicidade no roubo" de um computador portátil, que foi retirado do gabinete de Pelosi durante a invasão do Capitólio, ocorrida em 06 de janeiro de 2021.

Os jurados também não conseguiram chegar a um veredicto unânime sobre se Williams obstruiu um processo oficial.

Williams juntou-se ao ataque ao Capitólio depois de participar no comício "Stop the Steal" [Parem com o roubo, em português], onde o então Presidente norte-americano, o Republicano Donald Trump, se dirigiu a milhares de apoiantes naquele dia, incentivando-os a interromperem o processo de certificação da vitória eleitora do Democrata Joe Biden.

Ao entrar no gabinete de Pelosi, esta mulher encontrou um portátil numa mesa e disse a outro manifestante: "Põe umas luvas". Depois, alguém com luvas pretas levou o computador, segundo a acusação.

Mais tarde, Williams gabou-se nas redes sociais de ter roubado o martelo, o portátil e discos rígidos da presidente da câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos, acrescentando que "deu ou tentou entregar os dispositivos eletrónicos a indivíduos russos não especificados", de acordo com os procuradores.

"Até ao momento, nem o portátil nem o martelo foram recuperados", acrescentaram.

Uma testemunha, descrita como ex-namorado de Williams, disse ao FBI que esta pretendia enviar o computador ou o disco rígido a um amigo na Rússia, que planeava vendê-lo ao serviço de inteligência estrangeiro russo.

A mesma testemunha explicou que Williams manteve o dispositivo ou destruiu-o depois do envio ter falhado, segundo o depoimento de um agente do FBI.

Riley June Williams negou ter roubado o computador quando o FBI a questionou, alegando que o ex-namorado tinha inventado essa acusação.

Antes de sair do Capitólio, Williams juntou-se ainda a outros manifestantes que pressionaram a polícia que procuravam dispersar as pessoas no edifício. Uma câmara de corpo de um agente captou o momento em que a mulher encorajava outros manifestantes a "continuarem a empurrar" a polícia.

Naquele dia, Williams estava a utilizar uma t-shirt com a mensagem "Estou com groyper", um termo que se refere aos seguidores do líder do movimento "America First", Nick Fuentes, que usou a sua plataforma 'online' para espalhar retórica antissemita e supremacista branca.

Outros seguidores de Fuentes foram acusados de crimes relacionados com a invasão de 06 de janeiro de 2021, incluindo o ex-aluno da UCLA Christian Secor, de 24 anos, de Costa Mesa, Califórnia. Secor, que estava a agitar uma bandeira "America First" quando entrou no Capitólio, foi condenado no mês passado a três anos e seis meses de prisão.

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