"Não tenho palavras." Rui Rio condena "barbárie" em Bucha

O líder do PSD diz não ver diferenças entre "os crimes nazis e estes dos russos".

O presidente do PSD, Rui Rio, classificou no domingo como uma "barbárie" o alegado massacre de civis pelas tropas da Rússia em Bucha, perto de Kiev, na Ucrânia, afirmando não ver diferenças entre "os crimes nazis e estes dos russos".

"Não tenho palavras para classificar esta barbárie", afirmou Rui Rio numa publicação na rede social Twitter.

"Não vejo qualquer diferença entre os crimes nazis e estes dos russos. Se esta guerra durasse os mesmos seis anos da segunda guerra mundial, o balanço final dos assassínios do regime de Putin não andaria longe dos de Hitler", sublinhou.

A retirada das tropas russas do norte da capital ucraniana, Kiev, revelou as alegadas execuções sumárias de várias centenas de civis no subúrbio de Bucha e noutras áreas.

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, disse hoje que os civis encontrados sem vida nas ruas de Bucha "tinham as mãos atadas atrás das costas", como se pode ver em fotografias publicadas nos meios de comunicação internacionais.

O presidente do país, Volodymyr Zelensky, descreveu as ações da Rússia contra o povo ucraniano como genocídio na televisão norte-americana.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) disse ter indicações de que o exército russo estava a cometer possíveis crimes de guerra em áreas sob o seu controlo, incluindo execuções sumárias de civis.

Em Busha, cidade localizada a cerca de 30 quilómetros de Kiev, recentemente recuperada pelas forças ucranianas, centenas de cadáveres foram encontrados nas ruas e enterrados em valas comuns, mas a Rússia negou hoje que as suas tropas tenham matado civis nesta cidade e assegurou que todas as fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são "uma provocação".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,2 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

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